Viravolta
Quando amanheci para
o nada esperar
as cordas retesaram-se
O tom da balada
envalsou-se
Pude escutar meus pés
Tapete bege
O meu lugar-comum:
um estado azedo
revirado na palavra
não quista
Distorção
embalado pela sombra diurna
deformei a lupa lisa
num nó de imagem tal
que nem saúva tostada esfumaçaria
Sobre o
autor:
Renan Alvarenga é carioca, radicado na Região dos Lagos (RJ). É licenciado em Letras/Literatura e pós-graduado em Língua Portuguesa. Tem três livros de poesia publicados (Por Aí; Ilusão de Açúcar; Viravolta), tendo participado de antologias do mesmo gênero. Afora a inclinação literária, dedica-se ao canto litúrgico e flerta com a ilustração e a fotografia.
Instagram: @renanalvarengapoeta
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O Poesia na Alma pertence ao universo da literatura livre, como um bicho solto, sem dono e nem freios. Escandalosamente poéticos, a literatura é o ar que enche nossos pulmões, cumprindo mais que uma função social e de empoderamento; fazendo rebuliço celular e sexo com a linguagem.
Instagram: @poesianaalmabr