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Eu não sou poesia, Adília | Juliana C. Alvernaz

 


Eu não sou poesia, Adília

 

Eu não fui duas palmeiras.

Eu não sou duas araras.

Eu só assunto a topofilia do duplo.

 

Eu nunca fui mãe

apesar de estar grávida

da palavra nomeada. A poesia

 

é a língua materna.

A minha poesia é o ocaso.

 

Sobre a autora:

Juliana C. Alvernaz (1993) nasceu em Rio Bonito – RJ.  É formada em Letras, mestra em Estudos Literários (UFF) e doutora em Literatura, Cultura e Contemporaneidade (PUC-Rio). É ex-crente, filha de Ana Cabelereira, Admilson do Açougue e companheira do professor Rudá. Atuou como professora de português na Educação Básica. Morou em Niterói e Itaboraí. Desde março de 2022, é professora substituta de Literatura na Universidade do Estado do Mato Grosso e mora em Tangará da Serra – MT, onde segue os delírios do verbo na pesquisa de narrativas angolanas e na escrita de poesia. E-mail: jcalvernaz@id.uff.br.

Instagram: @juliana_alvernaz

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O Poesia na Alma pertence ao universo da literatura livre, como um bicho solto, sem dono e nem freios. Escandalosamente poéticos, a literatura é o ar que enche nossos pulmões, cumprindo mais que uma função social e de empoderamento; fazendo rebuliço celular e sexo com a linguagem.

Instagram: @poesianaalmabr