Tomei um banho relaxante, tranquilizei a minha mente e adormeci | Luciana Gonçalves
RELATO DE UM SONHO
Na noite de sexta-feira passada, eu havia
planejado sentar tranquilamente à frente do meu computador, e escrever um texto
ou poema para esta coluna. Mas, como acontece, de vez em quando, com qualquer
um de nós, eu parecia estar em um daqueles momentos em que nos desconectamos do
mundo das ideias. Resolvi dormir, e deixei a minha tarefa literária para a
manhã de sábado, pensando: “amanhã, à luz de uma manhã radiosa, conseguirei
reconectar-me”.
Tomei um banho relaxante, tranquilizei a
minha mente e adormeci. Foi então que tive um sonho que achei muito
interessante e, ao amanhecer, resolvi que escreveria sobre ele, pois me trouxe
uma boa sensação, principalmente relacionada às cores que nele observei. Quanto
a significados que ele possa ter, eu realmente não sei se há ou não algum
significado específico, mas creio que ele poderá trazer um sentido diferente
para cada um de vocês.
Eu estava com minha família em um lugar
que seria uma residência nossa, porém bem diferente. E eu havia levado para
esse lugar um periquito lindo, do tipo australiano, de plumagem verde e de asas
em tons de preto e amarelo, espécie bastante conhecida. Abrirei aqui um
parêntesis: eu não sou, hoje, adepta da ideia de criar pássaros em gaiolas.
Quando criança sim, pois lá em casa tinha um pássaro, além do que, naquela
época era algo normal, não tínhamos a experiência de vida que temos hoje. Com o
passar do tempo, eu e minha família fomos mudando nosso modo de perceber esses
animais, e nunca mais criamos pássaros dessa maneira. Enfim, voltemos ao sonho.
Este local, que seria nossa residência,
era um espaço claro, amplo, paredes brancas e uma grande janela. O periquito
que levamos ficava ali, solto, acostumando-se ao novo ambiente. E, como se
houvessem passado alguns dias, eu pensei: “ele está gostando daqui. Está
ficando à vontade, livre, e se ele for embora? Poderá não voltar, afinal ele
não conhece aqui e não está acostumado a ficar livre!”.
E a presença do nosso periquito ali fez
aparecer outros também muito lindos! Lembro bem de dois, cuja coloração da plumagem
era toda em tom de cor de rosa, claro, maravilhosos!
Mas, em certo momento, aconteceu o que eu
receava... o nosso periquito australiano foi embora. Eu cheguei ao local onde
ele estava e vi que ele não estava mais por ali. Certamente, ambientou-se bem e
resolveu conhecer a redondeza. Voou e não mais voltou. Eu pensei: “poxa, não
creio que ele voltará, pois não conhece aqui, não saberá o caminho de volta” E
os outros pássaros que estavam ali, decerto atraídos por ele, provavelmente partiriam
também, pois o anfitrião havia partido. Alguém, que, no meu pensamento, era o
meu marido, teria dito: “ele se foi, mas veja só: ele atraiu outros diferentes,
muito bonitos também, e conhecidos por serem raros e valiosos!”.
Bem, o sonho dos pássaros parou por aí.
Dizem que todo sonho é fruto de algo relevante para nossas vidas, seja alguma
experiência que vivemos ou viveremos, ou apenas percepções do nosso
inconsciente. Não sei dizer o que representaria esse sonho, porém, a sensação
que ficou em mim ao despertar, em relação à impressão do ambiente amplo e claro
e das cores lindas dos pássaros, foi muito positiva.
O simbolismo das imagens em sonhos e a
sensação que fica conosco ao despertar são os pontos marcantes que talvez
possam representar algo para nós, portanto espero que este meu relato possa
significar para vocês uma reflexão que lhes faça sentir bem e que seja
proveitosa para o engrandecimento pessoal de cada um.
Sobre a autora:
Luciana
Gonçalves Rugani é membra fundadora da Academia de Letras
e Artes de Cabo Frio - ALACAF e membra da Academia de Letras de São Pedro da
Aldeia - ALSPA. Participou de antologias lançadas no Brasil e em Portugal.
Publicou o livro de poesias e crônicas intitulado “Mar de Palavras”. É autora
do blog www.cantinhodasideias.com.br Idealizadora do projeto "Sarau 15
Minutos", em suas redes sociais, com pequenas entrevistas com artistas
diversos.
Instagram:
@ luciana_g_rugani
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