Quem dera se as guerras fossem de escrita | Schleiden
HOMO SAPIENS AMAR
Quem dera se as guerras fossem de escrita,
E as ameaças de ataque fossem poesias
E os canos, de tanques de ferro,
Vasinhos de artesanato.
Quem dera as declarações fossem de amor
Versinhos rasgados, assim, enrolados,
Lançados à sorte em nuvens
Cobrindo as cidades.
Quem dera os disparos fossem pinceladas,
E as explosões, fogos de artifício,
E as rixas só fossem travadas
Em quedas de abraço.
Quem dera as disputas fossem musicais,
As medalhas no peito, na farda,
Fossem de olimpíadas
E não militares.
Quem dera se armas fossem utensílios de
arte,
E as facas, a exemplo, usadas
Somente, no último caso,
Em cursos culinários.
Quem dera os tratados fossem só pinturas,
Fotografias de belas paisagens,
De grandes, justas, cidades,
De gente que tem união.
Quem dera você, que agora me lê,
Topasse virar revolucionador,
E do homem que sabe que sabe
Virasse o que só quer amor.
Sobre o autor:
Schleiden,
mineiro, advogado, é um autor premiado no Brasil e no exterior. Escreve do
realismo mágico à fantasia, trabalhando em contextos de crítica social e que
flertam com o absurdo. É um vegano panteísta defensor do meio ambiente e dos
direitos de todos os animais.
Instagram:
@snunespimenta
Que coisa mais lindaaaa!!!
ResponderExcluirToda semana estou aqui visitando e lendo seus artigos, pra mim é um dos blogs com os melhores conteúdos.
ResponderExcluirconfigurações pgsharp