Header Ads

Resenha | O Golem

O Golen, o filme

 

Considerada uma obra-prima da literatura fantástica, O Golem, escrito por Gustav Meyrink é uma publicação da Editora Carambaia. Foi lançado originalmente em 1915, tendo sido um sucesso de vendas. Inspirou filmes, peças teatrais e óperas, além de ter sido referência para autores do gênero de horror-fantástico.

 

O golem é uma criatura que faz parte do folclore judaico. É um ser moldado em barro pelas mãos humanas [interessante analogia à criação do Homem]. De acordo com as lendas em torno deste ser mitológico, a criatura existe para defender os judeus e sua comunidade de ataques antissemitas, mas acaba por se voltar contra o rabino que lhe deu vida.

 

Repleto de simbolismos, O golem carrega traços de ocultismo e misticismo. Com uma ambientação na cidade de Praga, a narrativa percorre becos escuros e sinuosos, passagens secretas, intrincadas, habitadas e frequentadas por criaturas humanas igualmente soturnas envoltas em mistério, decadentismo e sombras.

 


Athanasius Pernath é um mestre joalheiro protagonista da trama. Além dele, outros personagens notórios se fazem presentes em diversas passagens, como uma jovem prostituta, um sábio religioso e sua filha, além de um estudante encarregado de uma vingança. Ao se envolver com tais figuras, o próprio Pernath parece buscar a si mesmo, numa espécie de encontro com o 'eu', da mesma maneira que os demais indivíduos, que parecem perdidos numa atmosfera imersa em questionamentos existencialistas de cunho psicológico. A linha entre o real e sonho é tênue. E Pernath se envereda por estas reentrâncias alucinógenas.

 

Uma das adaptações mais marcantes do Cinema Expressionista Alemão tem vaga inspiração no livro. Dirigido por Paul Wegener, O Golem é um dos grandiosos filmes do gênero.

 

(Resenha escrita por Maria Valéria, Historiadora, professora, administradora e colunista deste site)

Nenhum comentário

O Poesia na Alma pertence ao universo da literatura livre, como um bicho solto, sem dono e nem freios. Escandalosamente poéticos, a literatura é o ar que enche nossos pulmões, cumprindo mais que uma função social e de empoderamento; fazendo rebuliço celular e sexo com a linguagem.

Instagram: @poesianaalmabr