Estou e não me respondo / Maria Ângela Alvim
Estou
e não me respondo.
Assisto.
Em mim se decide
um
inútil afã e se some
a
vida que me preside.
E
passo, ainda... Meu nome
há
muito não coincide
comigo
se estar se consome
e
tantas vezes me elide.
Me
move o tempo mais frio
de
tanto pranto afogado
num
quase mito de mim.
Vou
morando em desvario
quase
em sonho inaugurado
para
um começo, meu fim.
(Poema Estou e não me respondo, de Maria
Ângela Alvim, in Toda Poesia, Assírio & Alvim. 2002)
Sobre a autora:
Maria
Ângela Alvim nasceu em Volta Grande, Minas Gerais, no
ano de 1926. Sua morte (1959) é permeada de questionamentos porque não se sabe
ao certo se ela cometeu suicídio ou foi acometida por uma doença nervosa. Em
vida, publicou apenas um livro, Superfície (1950). Em 2002, sua poesia é
reunida e publicada em Portugal pela editora Assírio & Alvim no livro Toda
Poesia.
Olá! Eu não conhecia Maria Ângela Alvim! Então dessa novidade, por esse escrito dela. Sou grande entusiasta de poesia, portanto gostei bastante de conferir um poema diferente do que vejo, como esse poema "Estou e não me respondo".
ResponderExcluirObrigada por visitar o site
ExcluirEu não conhecia o trabalho da autora e fiquei chocada com a história por trás do falecimento dela. E é incrível também como um poema escrito anos atrás ainda se faz profundo nos dias de hoje, né?
ResponderExcluirBjks!
Mundinho da Hanna
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Obrigada por visitar o site
ExcluirQue demais. Não conhecia a poetisa. E olha que é minha conterrânea, mineira! Ela faleceu no ano que meu pai nasceu... Bom, que triste a sua morte não ter sido solucionada. Será que como Wolff, ela também resolver parar de viver? Poetisas tem uma alma que o mundo não comporta. Beijão
ResponderExcluirObrigada por visitar o site
ExcluirTalvez este seja o problema, as pessoas acreditarem que se pára de viver qdo desencarnamos. É tanto que continua aqui, mais viva e atual que nunca, nos encantando com suas poesias.
Excluirque lindo, intenso, me deu uma sensação de que estava falando comigo e ao mesmo tempo revirando de alguma forma, não sei ao certo como definir.
ResponderExcluirObrigada por visitar o site
ExcluirOi, tudo bem? Gostei muito do estilo dela de escrever. Interessante perceber que cada vez que pegarmos esse trecho sentiremos algo diferente. Fiquei curiosa pela história dela. Surreal não saberem o que realmente com ela, fica um mistério no ar. O que aguça a curiosidade do leitor. Um abraço, Érika =^.^=
ResponderExcluirObrigada por visitar o site
ExcluirPara saber sobre a poeta: https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/1103/1/Antonio%20Luceni%20dos%20Santos.pdf
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