O silêncio das coisas anônimas / Manoel de Barros
PREFÁCIO
Assim
é que elas foram feitas (todas as coisas) — sem nome.
Depois
é que veio a harpa e a fêmea em pé.
Insetos
errados de cor caíam no mar.
A
voz se estendeu na direção da boca.
Caranguejos
apertavam mangues.
Vendo
que havia na terra
Dependimentos
demais
E
tarefas muitas —
Os
homens começaram a roer unhas.
Ficou
certo pois não
Que
as moscas iriam iluminar
O
silêncio das coisas anônimas.
Porém,
vendo o Homem
Que
as moscas não davam conta de iluminar o
Silêncio
das coisas anônimas —
Passaram
essa tarefa para os poetas.
(Manoel de Barros. Poesia completa Manoel de Barros: Concerto a céu aberto para solos de ave, 1981. São Paulo: Leya, 2010.)
Oi Lilian.
ResponderExcluirEstou adorando visitar seu blog e conhecer escritores que não conheço. Especialmente se tratando de poemas e poesias. mesmo não tendo hábito de pegar um livro repleto do versos e lê-lo, estou lendo os poemas e poesias através do seu cantinho. Parabéns!
Bjos
Obrigada. Fico feliz 😉
ExcluirOi Lilian!!
ResponderExcluirE aqui estou eu conhecendo mais um autor e um pedaço de sua obra por causa do seu blog, a poesia é realmente muito bonita e com uma bela mensagem, pelo menos o que entendi dela rsrs
Beijos!
Eita Já Li
Aaah Manoel, meu amado Manoel. Essa poesía dele é tão linda.. 🖤
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