O que eu tenho sido / Azita Ghahreman
Todos
os homens e mulheres que tenho sido
Os
sonos que viram os meus sonhos
E
os seus sonhos que eu tenho vivido
Saudades
suas que vivem em meu choro
As
baladas, o vento, o canto escondido
Que
cruzaram o tempo de minha vida
Todas
as mulheres que eu tenho sido
Nas
enchentes e nas ruínas
No
vento dos sinais espargidos
Os
seus olhos e os inúmeros rostos
O
seu rosto e os meus olhos
Todos
os corpos que você tem sido
Os
pinhos, as pedras e as pombas
As
pedras, as pombas e os pinhos
Toda
a neve que eu tenho caído
Todos
os mares que em você agito
Os
caminhos dos outros e os meus pés
Os
pés dos outros e os meus caminhos
Todos
os cantos que eu assovio
Com
a sua boca
Nos
rostos de todos os homens
E
das mulheres que tenho sido.
(Azita Ghahrema é poeta iraniana, nasceu em Meched em 1962. Vive a doze anos exilada na Suécia, em Malmo. Tradução da poesia de Ricardo Domeneck em colaboração com a autora e auxílio de uma tradução para o inglês. Fonte: Modo de usar )
Lindo!!!! Que poema sensacional! Grata por compartilhar Lilian! <3
ResponderExcluirObrigada pela interação.
ExcluirMaravilhoso é realmente muito bom conhecer novas poetas, com um repertório cultural bem diferente do nosso,mas que falam sobre sentimentos universais!
ResponderExcluirObrigada pela interação.
ExcluirOlá, tudo bem? Que poema lindo e delicado. Não conhecia o mesmo e a autora, mas fiquei encantada pelas palavras. Com certeza nos toca! Ótima postagem, como sempre :D
ResponderExcluirBeijos
Obrigada pela interação.
ExcluirMaravilhoso!!! Sou apaixonada por poesias, ainda mais quando carregam tantos sentimentos.
ResponderExcluirNão conhecia a poeta e adorei. bjs
Obrigada pela interação.
ExcluirPrimeiramente, parabéns pela obra!!
ResponderExcluirPeço sua ajuda para curtir minha poesia neste blog onde estou concorrendo.
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Obrigada pela interação.
ExcluirOi, tudo bem? Não conhecia a autora, ultimamente tenho lido bem pouco poesia. Nunca tinha lido nenhuma poeta iraniana, gostei dos arranjos e do sentido de se ser homens e mulheres. Acho que quebra o padrão de se encenar apenas um gênero, até porque cada ume de nós é multifacetade, cabendo muito bem o entendimento de homens e mulheres. Obrigada pelo poema, amo vir aqui e conhecer mais poesia!
ResponderExcluirLove, Nina.
www.ninaeuma.blogspot.com
Oiieee
ResponderExcluirEu admiro a Azita, pela história dela, é dificil ser uma poeta no Irã e ainda que hoje viva no exilio na Suécia, nunca é facil. Lindas palavras as dela, cheia de sentimento e verdades.
Beijos, Ivy
www.derepentenoultimolivro.com
Obrigada pela interação.
ExcluirOlá.
ResponderExcluirAdorei conhecer a poetisa, pois, mesmo gostando muito de poesia, não costumo procurar por poetas que ainda não conheço, e por isso acabo ficando na mesmice e lendo sempre os mesmos. Gostei muito da sinceridade e simplicidade do poema que, mesmo assim, consegue nos tocar.
www.sonhandoatravesdepalavras.com.br
Obrigada pela interação.
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