O ANO QUE NÃO COMEÇOU / POR LEONARDO NÓBREGA
Fonte: Flickr / dbruinsma
Nesses tempos de distanciamento social
atos, ações, procedimentos e comportamentos foram alterados ou modificados.
Porém, longe de ser um Upgrade está mais próximo de ser um Downgrade.
Aparentemente Deus atualizou algum arquivo
de segurança K-alguma-coisa que deu bug e fez pararem de funcionar vários
aplicativos importantes. Deus reiniciou o sistema e só depois percebeu que o
antivírus falhou e permitiu um vírus se instalar, sem convite, montado em um
“Morcego de Tróia”. Olhou para a Terra e pensou: “de novo? Não aprendi nada com
o dilúvio, as glaciações, Sodoma e Gomorra e as outras quinze vezes em que um
vírus se instalou? Vacilei dezenove vezes, e eu não poderia falhar, eu sou
Deus, ora! Entretanto, o pior de todos os meus erros foi já na instalação do
sistema, foi o vírus que gerou esse ser que se acha a minha imagem e
semelhança, não mesmo! Para que eu fui dar livre arbítrio? Não existe antivírus
que dê conta se os humanos não colaborarem pelo menos ficando em casa. Essa
mundiça não sabe ficar quieta e ainda acredita em mentirosos com poder. Agora
ficam me pedindo ajuda, eu já dei ajuda, mas eles não percebem, eu dei a eles
um cérebro e capacidade de pensar”.
(by Alena Zhandarova)
Pois bem, ou foi um programa defeituoso
ou, de repente, entramos todos em um filme de Luiz Buñuel, fomos todos
convidados para jantar na mansão de Edmundo e Lúcia Nobile e agora não
conseguimos mais sair. Será preciso uma longa e importante convivência conosco
mesmos para reparar o que aconteceu e termos a permissão de sairmos da sala do
piano.
O momento é de extrema tristeza, não dá
para fazer piada ou escrever uma crônica engraçada, então vou tentar pontuar
algumas mudanças que acredito acontecem no momento e, quem sabe, as que poderão
(ou não) virem a acontecer.
O ficar em casa, mesmo desobedecido por
várias pessoas, trouxe novas maneiras e viver. A casa é a nova escola,
academia, escritório, clube e muito mais. E algumas dessas atividades
certamente continuarão depois, quando vier a bonança. Embora exista muita
tensão, ansiedade e angústia nos corações, há também esperança, empatia e
solidariedade. Por exemplo, mesmo em casa fazemos novas amizades, existem
pessoas que têm conversado longamente com o carteiro e os entregadores de
comida pronta. Pessoas que precisam de contato humano para se sentir vivo ou
parte de uma comunidade. Sim! Existem pessoas que se bastam a si mesmas, a
espécie humana é deveras variada e complexa. Como alguns idosos que fazem
questão de ficarem nas filas dos bancos, mesmo tendo prioridade no atendimento,
apenas para terem com quem conversar (e isso é triste), também existem aqueles
que suportam e até se alegram com a solidão ou com a chance de ficarem a sós
consigo mesmos. Esse período de distanciamento social intensificou esses dois
sujeitos.
Alguns analistas destacam que o
confinamento aumentou a violência doméstica, sim, em alguns locais é verdade.
Mas também aproximou outros tantos de parceiros, até porque sem sair de casa
os/as amantes estão fora de alcance (isso foi uma piada, mas com um fundo de
verdade rsrsrs), ou seja, passar mais tempo juntos forçando as conversas que
podem ter começado com os comentários sobre o filme da vez na Netflix levou
muitos casais a lembranças boas e reconciliações e terminado em redescobertas
de afetos e carinhos a tempos postos em latência. Também os pais têm a chance
de conhecerem e compreenderem melhor os filhos e serem compreendidos por estes.
Saber sobre os seus desdobramentos celulares (como diria o grande Airton Monte)
pode, ao sair dessa pandemia, melhorar o relacionamento familiar. No meu caso
os três filhos criaram o Conselho dos Filhos, que decide o que eu e minha
esposa podemos ou não fazer e se organizaram para fazer compras, lavar e
arrumas os gêneros vindos da rua e nos atualizar sobre a evolução da Covid-19.
Devo dizer que amei esse cuidado das filhas e do filho caçula, motorista e
comprador oficial da casa e o único a ter passe livre para sair. Um adendo:
chocolates são obrigatórios em qualquer lista de compras.
Esses dias de quarentena podem parecer um
aprisionamento, mas na verdade são uma oportunidade. Oportunidade para fazer
coisas novas e prazerosas, principalmente nas áreas da Arte e Educação. Chegou
a hora de escrever aquele livro tão sonhado, bem ou mal, não importa; agora
existe tempo para aprender outro idioma, ou fazer um curso EAD de algo fora da
zona de conforto; aprender a tocar um novo (ou um primeiro) instrumento musical
e, quem sabe compor uma canção ou musicar aquela poesia que está na gaveta com
vergonha de aparecer para o público; você pode, ainda, mostrar seus dotes
culinários em lives ou vídeos gravados, já que com os salões de beleza fechados
(“Baby você não precisa de um salão de beleza / Há menos beleza num salão de
beleza / A sua beleza é bem maior do que qualquer beleza de qualquer salão –
Zeca Baleiro) as selfies já não são tão presentes nas redes sociais, foram
trocadas pelas fotos de naturezas mortas, comidas são as novas sobrancelhas desenhadas. Então se
você sabe fazer bolo ou leitão à pururuca não importa o quê, poste um vídeo com
receitas, experimente novas misturas químicas culinárias invente novas
combinações de ingredientes e troque com outras pessoas; outra opção é se armar
com aquela máquina fotográfica que só passeia nas férias e fazer fotos
artística do seu dia a dia em casa com a família, dos objetos que você nunca
notou que tem e que agora apresentam um novo significante, ou vídeos amadores
de canto, dança, teatro, mas tudo dentro de casa, desperte o ator/atriz preguiçoso
adormecido em você desde a escola ou faculdade. Sei lá! De repente você pode
escrever um livro de receitas em forma de poesia em outro idioma, com fotos dos
pratos e acompanhado de um CD com os vídeos da preparação na cozinha e canções
compostas no novo instrumento que aprendeu durante a pandemia, vai que...
O que eu sei é que não será uma pandemia
mundial que nos fará dobrar, não será um vírus ou um verme que nos vai fazer
desistir de seguir adiante. Nosso horizonte é infinito e desconhecido e vamos
continuar a pelejar, a navegar, a procurar melhorar. Mesmo que esse ano pareça
um ano a ser retirado do calendário, um ano que não começou ou que terminou em
abril talvez 2020 seja um ano sabático mundial, talvez Deus ou a Natureza tenha
nos obrigado a olhar para dentro e reavaliar nossos conceitos e,
principalmente, nossas prioridades. Gostaria da licença de vocês, caros
leitores que me honraram a ler até aqui, para concluir com um parágrafo de
outra crônica minha publicada em 01/01/2020
Para mim o ano que começa agora é um ano
de adeus, de despedida, de partida. É um ano de ponto final, de fim da linha.
Mas, calma, essa não é uma carta suicida, ao contrário, é uma missiva cheia de
vida, de uma nova vida – mais uma. Gosto de contar as várias vidas de que desfrutei
(ou não) por momentos intensos e importantes e não de forma rígida e
cronológica como o parir de um novo ano, embora dessa vez os eventos foram
convenientemente sincronizados.
Amigo romancista Leonardo Nóbrega, você é um escritor de grande fôlego, sempre soube disso.
ResponderExcluirOi, Zélia. Muito obrigado pelas palavras gentis, mas estou longe de sentar em uma Cadeira de Barbeiro rsrs. Abraços.
ExcluirEntre vários, e valiosos temas abordados acima, vou me deter em um/ nesse:Devo dizer que amei esse cuidado das filhas e do filho caçula...Existe um tempo pra tudo, esse vírus veio pra determinar algo na minha família/em mim, percebi que a ausência da minha mãe por conta de ter sido acometida dessa terrível doença,dependia MT de como eu me portaria no enfrentamento desse momento. Em Deus conseguimos, nessa luta aprender a viver um dia de cada vez, foi nosso lema.
ResponderExcluirCuidar, e tentar ser o q ainda podemos ser, gerou esperança e motivação para continuar...
Enfim, a oportunidade está aí, renove se e seja envolvido por essa NOBRE chance se SER.
E se puder Agradeça!!!
E se quiser mudar, mude, ainda há tempo, pra se reinventar.
Diany Gomes
Oi, Diany. Obrigado pelo seu comentário, você foi forte nessa crise e mostrou que pode superar qualquer coisa. Abraço.
ExcluirRealmente, nesses tempos de pandemia me encontrei feliz em ter mais tempo de ficar a sós comigo mesmo ... Logo eu que não sabia ser tão auto ... Uma oportunidade de se conhecer mais em meio ao isolamento.
ResponderExcluirOlá, Jocilândia. Obrigado por seu comentário. Acho que mais do que qualquer coisa, essa chance do encontro conosco mesmos é a mais poderosa ferramenta que vai ficar de tudo isso. Abraço.
ExcluirFala, Leo, tudo bem?
ResponderExcluirCara, esse realmente está tudo de cabeça pra baixo, pros lados, na diagonal, só não no lugar dela. Essa panela de pressão que estamos vivendo, nos faz conhecer algo novo em nós mesmos a cada dia, afinal, neste contextos que estamos, não há como não olhar para dentro e para trás, o que nem sempre é fácil.
Para muitos, realmente, o tempo está propiciando fazer coisas novas, mas, para muitos outros, a quarentena não ta propiciando coisas tão boas, pois já não levavam uma vida tão confortável antes da pandemia começar e isso se deve ao fato das enormes lacunas existentes no Brasil.
Abraços!
www.marcasliterarias.blogspot.com/
Olá, Vinicius. Obrigado pelas suas palavras. Realmente são muitas variáveis a se considerar no impacto dessa pandemia. Tenho amigos que mudaram para a casa de praia e como são aposentados com boa renda transformaram o distanciamento praticamente em férias a beira-mar. Outros, entretanto,que vivem de renda por conta própria estão sofrendo muito. Abraço.
ExcluirAmei!
ResponderExcluirO autor nos mostra a realidade posta pela pandemia do Covid-19 de forma simples e irreverente. A experiência do isolamento social nos trouxe desafios, aprendizados e oportunidades.
A oportunidade de nos permitir enxergar o que realmente importa na vida e a oportunidade de nos permitir prestar atenção no verdadeiro sentido do que é ser humanos.
Sandra Holanda
Oi, Sandra. obrigado pelo seu comentário e por contribuir com seus sentimentos durante esse período cruel do tempo humano. Abraço
ExcluirAmei!
ResponderExcluirO autor nos mostra a realidade posta pela pandemia do Covid-19 de forma simples e irreverente. A experiência do isolamento social nos trouxe desafios, aprendizados e oportunidades.
A oportunidade de nos permitir enxergar o que realmente importa na vida e a oportunidade de nos permitir prestar atenção no verdadeiro sentido do que é ser humanos.
Sandra Holanda
Dias estranhos. Tempo de encontrar o ser estranho de cada um.
ResponderExcluirQuando tudo se findar e a vacina garantir vida social "normal", muitos ansiosos já nem precisarão mais dela...
Parece que chegamos no limite: da paciência, da tolerância e da famosinha empatia.
Aos poucos tudo vai tomando seu lugar. Ordeiramente o caos se desfaz, as vistas vão devagar se aclarando e a esperada revolução de cada um não passa de uma espera entediante na recepção da correria cotidiana.
Não alimento ilusões. Todos serão exatamente como são, talvez com um pouco mais de intensidade, nunca se sabe!
Enquanto isso, a estatística segue invisibilizando pessoas, para que a indiferença seja, mais do que nunca, globalizada.
Olá, Elton. Obrigado pelo seu belo e profundo comentário e pela sua contribuição ao tema. E, realmente o que mais vai doer será se nada mudar no íntimo das pessoas. Abraço.
ExcluirO autoconhecer pra se reinventar é a máxima desse período. O apoio familiar é de vital importância para superação dessa crise. E bons texto são cruciais para superar momentos de tristeza. E essa crônica, é um bom texto. Parabéns Leonardo Nóbrega e ao blog por nós brindar com essas linhas.
ResponderExcluirOi, André. Obrigado por suas palavras. Acho que chegou ao ponto: "autoconhecer para se reinventar". Perfeito. Abraço.
ExcluirOi Lilian!!
ResponderExcluirMenina que crônica linda, sem a menor duvida ela retrata perfeitamente todo esse periods que estamos vivendo e que infelizmente iremos viver por mais algum tempo. A quarentena trouxe alguns pontos negativos em relação social, mas, também trouxe alguns positivos, mas, claro que isso não significa que a pandemia tenha de alguma forma um "aspecto bom", porque na verdade não tem né? Aguardando por tempos melhores!!
Beijos!
Eita Já Li
Que texto incrível!
ResponderExcluirMe fez voltar no tempo, lá no comecinho de tudo e quantas coisas vieram a mente.
Realmente é um tempo novo, diferente e não somente triste (vamos olhar por esse lado também) e que com certeza trouxe novas maneiras e viver.
Gostei muito desse post. Parabéns!
bjs
Olá, Fernanda. Obrigado pelo seu comentário gentil. Que as novas maneiras de viver melhorem nossas vidas. Abraço.
ExcluirOii!
ResponderExcluirEu nem sei o que dizer sobre esse texto! Que coisa mais maravilhosa e tocante... Fiquei impressionada por suas palavras! Parabéns pela escrita e obrigada pela reflexão!
Beijinhos,
Ani
www.entrechocolatesemusicas.com.br
Olá, Ani. Que bom que o texto lhe tocou, fico feliz por isso e agradecido por seu comentário. Abraço.
ExcluirOi amigo, a coisa que mais tem me deixado feliz nesses dias de pandemia é saber que minha família está bem e segura dentro de casa, mesmo passando por dificuldade é melhor ter os entes queridos vivos, para depois que tudo isso passar termos a chance de um recomeço. Adorei suas palavras, que texto mais emocionante! Continue escrevendo e preenchendo nossas mentes com suas reflexões durante esses dias tristes.
ResponderExcluirOi, Viviane. Esse período tem sido mais leve para quem tem uma família unida e consciente, vamos ficar em casa o máximo que pudermos. Abraço
ExcluirOi,
ResponderExcluirApesar de todo o sofrimento que a pandemia têm mostrado,ao mesmo tempo fez o ser humano refletir seus valores e necessidades, aproximou os distantes ,reensinou o viver solidario em comunidade,mostrando o quanto não podemos viver trancados em nossa caixa. O cuidar da familia, amigos, com aqueles vizinhos que nunca paramos para um oi.Passamos a usar mais a nossa criatividade, criando subterfúgios para superar um dia de cada vez.
Amei o texto.
Olá, Girassol. Obrigado pelo seu comentário. Legal as vantagens humanas que você colocou no seu texto, mesmo com a desgraça podemos aprender algo sobre nós mesmos. Abraço.
ExcluirOlá!
ResponderExcluirSabe aquela pontinha de esperança em um mar de verdades feias? Seu texto foi isso para mim, eu precisava ler algumas dessas palavras hoje e precisa internalizar algumas verdades que disse no início do texto. Não sei quem eu vou sair dessa pandemia, mas com certeza coragem não vai me faltar para conhecer esse novo mundo que nos aguarda.
Beijos
Leitura Terapia
Olá, Thayza. obrigado por seu comentário, fico muito feliz pelas minhas palavras terem lhe tocado assim, é muito gratificante. Abraço.
ExcluirEu estava comentando a respeito com a minha mãe, dias atrás.
ResponderExcluirTenho tentando me desligar dos noticiários, tenho me policiado em limitar o meu acesso, pois precisamos de informações. São tatas coisas ruins acontecendo ao mesmo tempo, no entanto, por mais que o mundo esteja acabando lá fora me sinto agradecida pelo privilégio de estar ao lado da minha família. Mesmo com opiniões diferentes em relação a política que vivemos, vê-los bem é o suficiente pra mim. A vontade? É de sair e ajudar de alguma forma, mas eu sei que ficar em casa é a melhor coisa que posso ofecer nesse momento.
Adorei seu texto!
Sai da Minha Lente
Oi, Clacy. Obrigado pelo seu comentário. Não sou uma pessoa otimista, mas acredito que, pelas circunstâncias, somos levados realmente a melhorar em vários aspectos da vida. Abraço.
ExcluirEu estou extasiada com esse texto. Que lindeza. Profundidade, significados, ressignificados. Amei suas palavras e as brincadeiras com letras e palavras todas elas juntas e significativas.
ResponderExcluirEu não sei nem o que dizer, não sentir.
Meus parabéns
Obrigada por essa obra!
Bjos e cheiros
BLOG Livreando
Oi, Karoline. Muito obrigado pelas suas palavras, na verdade não sei como responder a um comentário tão gentil, então, obrigado. Abraço.
ExcluirEsse texto traduz meus vários altos e baixos desde que o isolamento começou. Eu já tive crise de ansiedade, já me conformei, já disse que ia ignorar, como tantas pessoas ignoram (inclusive na minha rua), já me chamei de tola e olhei em volta, me perguntando porque não fiquei mais tempo em casa quando era opção e não obrigação devido a uma pandemia. Estou aprendendo a desacelerar, a cuidar da minha saúde mental, a valorizar mais alguns momentos e ver o que vale a pena agora e o que pode esperar mais um pouco. Realmente 2020 é um ano que não começou... ele é um ano sabático, que está mudando a vida de todos, para o melhor ou para o pior... mas está mudando, e ninguém sairá com a mesma cabeça que começou o ano...
ResponderExcluirBjks!
Mundinho da Hanna
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Olá, Hanna. É verdade, 2020 pode ser considerado um ano sabático mundial e uma restauração da natureza. Para algumas pessoas é realmente muito difícil ficar em casa, eu não entendo muito bem porque ficar em casa é o que eu mais faço rsrsrs. Abraço
ExcluirQue texto! Li e reli algumas vezes e suas palavras mexeram de uma maneira inexplicável comigo, parabéns!
ResponderExcluirEstou sem palavras....
Oi, Graziela. Muito grato pelas suas palavras. Espero que tenham mexido com você para o bem rsrs. Abraço.
ExcluirOi! Saudades de estar por aqui! E, uau! Incríveis considerações! Realmente, nos foi necessário, aliás, nos está sendo necessário parar para reavaliar, nos reinventar e refletir acerca de muita coisa. Eu mesma, passando por uma mudança de ciclos, disse que 2020 seria o meu ano. E até está sendo, mas não da forma como havia imaginado. Tenho ressignificado muita coisa, muitos conceitos, me reavaliando, errando muito, e tentando aprender, acertar para numa próxima, fazer as oportunidades acontecerem! No momento, escrevendo muito, produzindo muito conteúdo, lendo bastante e colocando as séries em dia. Bjs
ResponderExcluirOlá, Café com Leitura. Obrigado pelo seu comentário. Em outro texto nosso do dia 1 de janeiro eu até coloco muita esperança nesse 2020, mudou um pouco, mas ainda pode ter algo de bom em meio ao terror. Abraço.
ExcluirSeu texto é um primor.
ResponderExcluirSinceramente, você traz um humor negro e catársico muito bem elaborado. Eu gostei muito da conversa divina, bem como da associação aos amantes (são pitadas de humor dentro das trevas que vivemos).
Eu concordo que não vamos perder dessa vez, mas quantas lutas teremos de ir adianta até as pessoas perceberem o seu livre arbítrio como negativo a sociedade?
Oi, Camille. Obrigado pelo comentário. A Lilian Farias sempre diz que tenho esse humor, mas, sinceramente, eu nunca percebo antes que alguém me diga rsrs. Acho que todos somos assim, escrevemos e só depois vemos o que saiu. Abraço.
ExcluirP.S.: Os amantes foi uma constatação com base em um casal de amigos que estava a beira da separação. rsrs
Nossa, esse período de pandemia mundial tem sido um momento de total reinvenção pra mim. Tanto de desconstrução e reconstrução pessoal quanto profissional. Acredito que o melhor é poder ter mais tempo pra mim mesma, sabe? Muitas vezes na correria do dia a dia agimos de forma tão robotizada que não paramos pra realmente respirar e nos encarar de verdade. Estou me redescobrindo e realizando projetos que me trazem satisfação e que eu nem me imaginava fazendo antes de tudo isso acontecer no mundo.
ResponderExcluirOlá, Debora. É verdade, nos reinventamos (fomos meio que obrigados) e pudemos olhar o mundo de outras formas. Além disso, o tão falado asteroide que destruiria a Terra veio em forma de vírus e nos testou: estamos prontos para enfrentar uma catástrofe mundial? Abraço.
ExcluirTudo tem dois pesos, os dois lados da moeda. O ano é de perdas, sim! Inúmeras, principalmente de vidas de pessoas que talvez conhecemos, ou não. Também existe a perda de empregos e do que mais acompanham essa perda. Dinheiro, vida social, negócios...
ResponderExcluirMas o ano também é de ganhos! Temos mais tempo para olharmos para as nossas vidas, para nós mesmos. Fazer aquilo que sempre quisemos fazer, mas que adíamos por conta de compromissos. Seja pintar uma parede, ou mudar a cor de cabelo.
Infelizmente, muitas pessoas estão sofrendo com violências que antes já sofriam, mas que com a quarentena e isolamento social foram agravadas. É o momento de olharmos para o próximo. Não pra fazer fofocas ou comparações, mas para ajudar, estender a mão. É legal olhar pra dentro de nós, mas olhar para os outros de forma empática também é muito importante. Sermos mais do que nós mesmos.
Muito importante o seu texto... nos faz refletir.
Mz.Hyde. Obrigado pelo seu comentário. Acho que você tocou no ponto certo, a
Excluirpalavra é empatia. O quanto nós estamos longe de sermos realmente empáticos? O que nos falta para enfrentar situações extremas como essa? Esperemos que as respostas sejam boas e que venham nas discussões que surgirão pós-pandemia, nos ambientes acadêmicos (principalmente na área de humanas), mas também no meio empresarial, financeiro, rodas de cadeiras nas calçadas, enfim em todos os lugares. Abraço.
Caramba... Se esses dias, meses, de tanta reclusão no confinamento do meu lar, me deram o que fazer, foi pensar e refletir.
ResponderExcluirEsse texto é muito claro e só não cai na real quem não quer. O momento é agora. Precisamos nos reinventar e tentar construir em nós mesmos, seres humanos melhores.
Não sabemos como será o "depois". E isso também é motivo de reflexão e pensamentos eternos.
Abraços
Olá Carol, grato pela sua participação. Precisamos sim nos reinventarmos, precisamos usar a tragédia para o crescimento da humanidade em nós e precisamos refletir (você está certíssima)com qual postura seguiremos. Abraço.
ExcluirSeu texto me deixou um tanto quanto impressionado e me deixou meio arrepiado, de TÃO bom que está. Parabéns. Não tenho nem palavras para descrever o seu talento com as palavras.
ResponderExcluirOi, Lucas. Obrigado por suas palavras. Se você ficou arrepiado é sinal que consegui meu objetivo (rsrs), precisamos refletir e pesar tudo o que está acontecendo para voltarmos, não ao normal, mas acima de tudo a uma convivência plena, possível e prazerosa para todos. Abraço.
ExcluirSo essa referência a'O anjo exterminador valeu o texto todinho pra mim. Chega arrepiei lendo 😍
ResponderExcluirVerdade, não será um vírus ou um verme que vai fazer o mundo parar. E essa onda terrível está nos mostrando o que devem.ser nossas prioridades...
Excelente, como tudo que você escreve, Leonardo. 💐
Olá, Valéria, olha nós aqui de novo. Prazer pelo seu comentário. Essa alusão ao "Anjo" me veio lembrando do filme Meia Noite em Paris na cena em que o Gil dá a ideia ao Buñuel e o cineasta fica perguntando por que as pessoas não sairiam da sala. Eu pensei, então aí está o motivo: um vírus mortal. E o microcosmo do filme virou o macrocosmo do planeta. Abraço.
ExcluirOi, tudo bem? Acredito que essa reflexão é bem importante ainda mais em questão de mudanças pós-pandemia. A questão "ficar em casa" dá abertura a muitas discussões. Há os que não podem ficar em casa, os que não querem e os indiferentes. Tenho acompanhado alguns influenciadores que levantaram essa discussão será que as pessoas irão mudar ou não após esse evento? Ainda é cedo para ter certeza, mas evoluir como pessoa é certo. Um abraço, Érika =^.^=
ResponderExcluirOi, Erika. Obrigado pelo seu comentário. Essa questão de ficar em casa é mais complicada do que parece, mas muita gente que poderia ficar não respeitou o distanciamento e, por extensão, as pessoas. A grande pergunta mesmo é como seremos ao final disso tudo. Abraço.
ExcluirLindo o texto do Leonardo. Bem claro e até didático. Eu, como funcionária da area da saúde, tenho vivido o caos desde que a pandemia começou. E exatamente pela imprudência de muitos, inclusive (e principalmente) dos que detém o poder, vejo situações diárias que poderiam ser evitadas, mas todo dia tenho q sair da minha ksa e cumprir o meu papel profissional, voltando e colocando toda a minha família em risco...
ResponderExcluirBom, mas o autor pegou um ponto importante. É aquela máxima neh "se a vida te der limões...". Claro que a pandemia não é uma coisa boa e se pudessemos escolher não a desejariamos e acabariamos com ela imediatamente, mas uma vez que ela está aqui é importante usar esse momento com força e coragem. E ele explicou muito bem! Pode ser uma receita, uma live, um cuidado em fazer as compras de casa...
Bjos e se cuidem!
Olá, Karina. Obrigado pelas suas palavras. E o pouco que cada um faça nesse momento é enorme para a coletividade. Abraço.
ExcluirOla!
ResponderExcluirGostei muito do texto, e mesmo estando em casa por um motivo triste, é possível fazer coisas novas, aprender mais.. Fazer o que não conseguia antes por não ter tempo.
Não são todos meus dias que são produtivos, e tento não me cobrar tanto. Pois o momento é de tristeza, incertezas e é normal nem tudo sair como o esperado.
Beijos!
Olá, obrigado pelas suas palavras. Então conte pra gente, o que você aprendeu de novo nesse distanciamento social? Eu voltei a estudar teclado, se tiver outra vida vou ser músico rsrsrs
ExcluirEssa pandemia mudou tudo: a forma como as pessoas estão se relacionando, a forma como tivemos que criar novos hábitos e novas rotinas, a forma como tratamos as encomendas quando chegam por aqui, a forma como vamos ao mercado e andamos com álcool gel a todo instante... mudou tudo. Gostei de ler seu texto e como isso trouxe uma reflexão boa. Infelizmente muitas pessoas não respeitam o isolamento social, mas estou na expectativa que tudo isso acabe e logo.
ResponderExcluirOlá, PS. Obrigado pelo seu comentário. Vamos esperar que quando tudo passar e começar o novo normal as pessoas sejam mais conscientes. Obrigado.
ResponderExcluirprimeiro essa frase ''Essa mundiça não sabe ficar quieta e ainda acredita em mentirosos com poder.'' é o que penso quase todo dia já não aguento mais passa raiva com essas coisas.
ResponderExcluirsobre as oportunidades, to numa estafa em que não vejo a pandemia como meio de aprender porque mal consigo focar, eu gosto do presencial, do olhar perto, do aprender ouvindo, observando perto, a tela não me conforta muito e me sinto estagnada. amei seu texto, ele me fez dar palavras a muito do que sinto mas ainda nao tinha escrito.
Olá, Barda Literária. Obrigado por sua participação. Quem é mais interativo fisicamente está realmente sofrendo mais nesses tempos de distanciamento, mas existem atividades que não são de aprender e que têm a característica principal de serem solitárias, como escrever. Escreva o que você sente a cada dia da pandemia, faça um diário crítico e quem sabe ele vire um livro publicado que vai mostrar as pessoas no futuro o que passamos hoje. Eu compraria. Abraços.
ExcluirEu tenho que admitir que ainda nem acredito que vivo tudo isso. Tem horas que penso que tudo não passa de uma grande brincadeira e que logo eu vou acordar. Espero sinceramente que possamos sair disso tudo mais consciente!
ResponderExcluirPaula, obrigado por sua resposta. Eu, como estou aposentado (na hora certa, aposentei-me esse ano)e já era muito caseiro mesmo não sinto tanta diferença, mas compreendo o que as pessoas mais jovens e as não tão jovens, mas que são mais ativas, estão passando. Porém, acredito que logo teremos uma vacina e sairemos disso tudo um pouco melhor. Abraço.
ExcluirOi Leonardo, tudo bem?
ResponderExcluirA única coisa que me ocorre lendo esse texto é: meu Deus, como tu tem paciência pra aguentar as nossas merdas? Porque olha, que porra, Pai!
Sério, essa pandemia tem sido um senhor divisor de águas no mundo porque estamos enxergando, de novo, o melhor e o pior da humanidade e acho que ainda não sabemos como vamos realmente sair disso porque não parece ser tão simples assim.
Um beijo de fogo e gelo da Lady Trotsky...
http://www.osvampirosportenhos.com.br
Oi, Renata. Obrigado pelas suas palavras. É tipo isso mesmo, nós somos o pior dos vírus (Lembrei de Matrix) onde chegamos destruímos tudo. Acho até que a natureza está cuidando de retomar o que tomamos dela. Abraço.
ExcluirCurto muito seus posts, são muito bem criativos e interessantes.. Sempre estou aqui lendo e compartilhando com minhas amigas...
ResponderExcluirBeijos 😘.
Meu Blog: Site da Mariana
Puxa, Caroline, muito obrigado. Eu não acho os textos desses cara ai tão bons assim rsrsrsrs.Mas o povo gosta, fazer o quê? Abraço.
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