E AGORA, O QUE FAZER COM AS MEIAS?/ POR LEONARDO NÓBREGA
By “O tempo” - E. Freitas
Finalmente chegara o dia, ele não sabia
exatamente como se sentir. Ouvira falar muito sobre esse evento, mas nunca
achou que viveria até ele, sempre achou que morreria cedo, nunca pensou no que
faria se chegasse a hora, entretanto ali estava, com uma nova vida dentro da
antiga e precisava decidir; e logo.
Aposentadoria. A palavra que, mais das
vezes significava velhice. E isso era estranho, ele não se sentia velho,
chegara aos sessenta, mas sua mente insistia em ter trinta, se achava imaturo
demais para ser sexagenário e maduro demais para ser adolescente, porém, tinha
idade e tempo de serviço para pendurar o apagador, tinha cumprido sua missão,
ajudado a educar e a capacitar milhares de jovens para abraçarem uma carreira e
se afastarem das “carreiras” e, se a mente era de trinta o corpo era de
oitenta, então precisava, querendo ou não, parar. Já começara a esquecer o que
era uma floresta perenifólia, latifoliada, hidrófila e a confundir os tipos das
Placas Tectônicas, quase chegava a acreditar que seriam convergente, divergente
e insurgente. Sim! Ele decidiu que o
melhor era se afastar, mesmo com todo o estigma de que quem trabalhou a vida
toda – ele começara aos treze anos - quando aposenta morre por não aguentar
ficar “parado”.
- Vou me aposentar. Disse ele.
- Amém. Disse a esposa.
Surpreendentemente o Professor não morreu
por se aposentar, não adoeceu por não acordar mais as cinco e meia da manhã
para estar na sala de aulas as sete horas, não sofreu nenhum AVC por almoçar na
hora que quisesse e pelo tempo que achasse suficiente e não durante a hora que
usava na própria escola antes de começar o segundo turno. É incrível, mas não
teve taquicardia por tirar um cochilo no meio da tarde, ir ao cinema no meio da
semana ou ver o sol nascer na praia em uma quinta-feira. Sentiu alguma falta
dos alunos e principalmente dos colegas de batalha, nada que uma cerveja no
final de semana ou uma visita fortuita a escola nos aniversários não servisse
para amenizar a saudade. O que mudou muito e ele sofreu um pouco para se
adaptar, mas com esforço e foco conseguiu, foi o que fazer com o final de
semana que agora, depois de trinta e cinco anos, era dele. Como não corrigir
mais provas, trabalhos e tarefas durante o sábado? Como ficar o domingo inteiro
sem preparar aulas, construir PowerPoint, pesquisar e processar conteúdo?
Porém, conseguiu achar uma maneira: dormiu mais. Seguiu a lógica que tinha um
saldo gigantesco de horas não dormidas e agora iria resgatar essas horas não
dormidas ou mal dormidas em que o corpo aparentava repousar, mas o cérebro
continuava trabalhando madrugada a dentro: bicho teimoso é a cabeça de
professor, não tem um botão off, só on e ctrl+S.
Entretanto, seis meses depois nossa história
dá uma guinada. Num belo e chuvoso dia de terça-feira as três horas e quarenta
e dois minutos da tarde, arrumando umas gavetas eis que se deparou com duas
dezenas e meia de pares de meias e mais umas oito meias solitárias, abandonadas
por seus pares, talvez na máquina de lavar ou, quem sabe, virou um fantoche e
foi seguir nova carreira solo, cansou de dividir o palco com o irmão. Dessa
visão surge o dilema: o que fazer com tantas meias? Já que não precisaria mais
sair bem vestido todos os dias, raramente usaria meias, agora que voltou a
infância sua indumentária mudara de novo e mais uma vez as calças-curtas e os
chinelos estavam na moda - e no armário. Usava tênis para caminhadas as vezes,
mas nada de sapatos desconfortáveis, daqueles que o maior prazer é tirar. Assim as meias – que ele percebeu serem só um
símbolo para tudo o mais, inclusive o carro – ficaram desempregadas, jogadas
numa gaveta escura e fria, esperando um dia ver novamente o sol e pisar as ruas.
Nesse momento percebeu que a aposentadoria
era mais libertação que prisão, era um salvo-conduto para a diversão, uma carta
de alforria para as viagens, um passe livre para o forró. Era o momento de
usufruir como dono do próprio tempo, senhor do destino, agora de verdade, não
como os coachs querem que as pessoas jovens acreditem.
Respirou profundamente o leve ar do novo
tempo, calçou todas as meias umas por cima das outras, enfiou os pés no chinelo
e as levou para passear pelo bairro sem se importar com os olhares estranhos
das pessoas, afinal criança pode tudo e, agora mais do que nunca, a opinião que
valia era a dele próprio. Assim seguiu, assustando quem “não ouvia a música*” e
sorrindo para o mundo.
*Nietzsche
Eu nem sabia que precisava desse texto até ler! Eu sou professora também, mas tô começando a carreira agora e realmente não me imagino ter um fim de semana sem planejar aulas, sem corrigir trabalhos, sem curtir meu descanso, só pensando na semana que vem.Seu texto me deu até um quentinho no coração, vou até mandar pro grupo dos professores da minha escola, adorei!
ResponderExcluirBianca, amei seu comentário e sua ação para dividir minhas humildes palavras com outros colegas, espero que gostem, riam um pouco e que os mais velhos meditem. Só para ficar claro, é muito sacrificante a carreira que escolhemos, mas também é muito gratificante e não me arrependo em nada. Abraço.
ExcluirEu gostei bastante, o escritor consegue
ResponderExcluirTransformar os problemas do dia a dia
Para uma nova realidade. Os professores são os herois da nação. Mas muitas vezes falta o pouco do valor na sociedade. Muitos pais culpam os professores quando os filhos tem notas baixas , ou que agem sem educação no meio da famíliar. Coisas simples que os pais poderiam eles mesmo fazerem.
Como os nossos antepassados.
Os professores são os herois de verdade
Como o agricultor que aduba, prepara a terra , semea a semente e no tempo certo colhe os frutos que plantaram com suor e esforço. Também o professor é um semeador , semeando sabedorias. Que um dia há de colher devido fruto numa sociedade mais justa.
Olá, Belchior. Obrigado por comentar. Nesses tempos de quarentena muitos pais já se deram conta da importância dos professores, vamos torcer para que continue depois. O texto tenta alertar para que existe uma nova vida, aliás, muitas vidas. (Se quiser leia meu outro texto aqui no blog: Só se vive uma vez. Será?)Abraços
ExcluirQue texto é esse! Cheio de reflexões maravilhosas, história que marca a gente, o professor é o responsável pelo inicio de toda nossa formação, disso não temos dúvidas, me emocionei lendo toda essa história de vida!
ResponderExcluirObrigado pelo comentário, Motivação Literária. Como diria Ernest Hemingway "Tudo o que você deve fazer é escrever uma frase verdadeira. Escreva a frase mais verdadeira que você conheça".Fico feliz que você tenha gostado, talvez goste dos outros que estão no blog. Abraços.
ExcluirQue texto incrível! Gosto muito de textos refletivos, e que nos trazem grandes lições.
ResponderExcluirOs professores são pessoas extremamente importantes, e é uma pena que muitas vezes não são valorizados. Sem eles, estaríamos perdidos.
Nunca tinha lido nada do autor, mas já fiquei instigada para conhecer melhor.
Beijos,
Subsolo da mente
Olá, Subsolo. Obrigado por comentar. Felizmente essa mentalidade está mudando, principalmente em tempos difíceis como a atual quarentena os pais, principalmente, estão compreendendo a importância dos mestres. Abraço.
ExcluirP.S.: Tem outros textos meus aqui mesmo no Poesia, coluna Sociedade e Literatura e meus livros (romances) estão disponíveis em PDF (grátis) no Facebook. Sirva-se.
ExcluirOi, tudo bem?
ResponderExcluirQue belo texto? Infelizmente, a maioria das pessoas não entende que o trabalho do professor é muito mais do que entrar na sala e dar sua aula (o que por si só já envolve um grande desgaste). Mas tem toda a preparação antes da aula, incluindo o estudo, a elaboração do conteúdo e dos materiais a serem utilizados e muita pesquisa para estar sempre atualizado. E depois que a aula termina tem as provas e os trabalhos a serem corrigidos, e mais conteúdo a ser preparado para as aulas.
Eu só consigo sentir respeito e admiração pelos professores, por tudo que significam nas nossas vidas e por toda a dedicação que empregam em seu trabalho. Amei o texto, principalmente por me lembrar de todos os professores maravilhosos que tive.
Beijos!
Oi, Luíza. Obrigado pelo comentário. Está chegando o dia em que as pessoas irão perceber essa importância, nesses tempos difíceis já começou o reconhecimento (rsrs). Abraço.
ExcluirNossa. Que bonito esse texto. Me pegou bem no coração. Lembro dos professores e quão forte é seu trabalho e esforço durante a vida. O sonho da aposentadoria, a liberdade da rotina difícil, queria eu estar aposentada já hahaha
ResponderExcluirBeijos e cheiros
Olá, Karoline. Obrigado por comentar. Realmente o trabalho do professor é importante e pesado, mas é na mesma proporção gratificante, entretanto chega um momento que mudar essa vida é necessário. E você é muito nova para pensar em aposentadoria, ainda tem muito que sofrer, quer dizer , que contribuir com a sociedade rsrsrrsrs. Abraço.
ExcluirOi, tudo bem? Adorei o texto, a leveza e a intimidade que ele passa. Não sou professora, mas transpus a profissão à minha rotina, me vi sem fazer nada do que normalmente faço e, realmente, a gente perde, mas também ganha. Imagino que, para os professores, seja um peso enorme retirado de cima, pois eles estão encarregados de futuros que não são seus e isso deve pesar bastante. Amei o ritmo e, apesar de ser curto, conseguiu transmitir uma história completa. Parabéns!
ResponderExcluirLove, Nina.
www.ninaeuma.blogspot.com
Olá, Nina. Obrigado por estar aqui de novo. A aposentadoria para todo professor deve ter a sensação de dever cumprido, mesmo se não tocamos todos os milhares (mesmo) de alunos que passam por nós e por quem passamos sempre existem muitos que conseguimos alcançar. Isso já basta. Abraço.
ExcluirP.S.: E obrigado pelo elogio técnico sobre ritmo e transmitir uma história completa. Abraço.
ExcluirSou professor e me identifiquei em algumas passagens, principalmente o da aposentadoria, que para mim será assinar minha carta de alforria. Não espero a hora de ter e minha liberdade plena. Rsrsss O texto está muito bom, gostei demais.
ResponderExcluirOlá, Leitor Enigmático. A carta de alforria precisa ser acompanhada da paz de ter feito o melhor possível, e é uma sensação sensacional. Tenho certeza de que você caminha para isso, mas vá com calma, os alunos precisam da nossa presença, nunca somos apenas professores. Abraço.
ExcluirMe emocionei com esse texto. Realmente, a velhice assusta e ao mesmo tempo desperta aquela curiosidade sobre o futuro! A gente se dedica, luta, conquista e chega em um nível tão evoluído que tem uma hora que o corpo e a mente cansa. É o ciclo da natureza, não é?! Enifm, parabéns pela delicadeza dessa crônica.
ResponderExcluirOi, Gabi. Obrigado pelo seu comentário. Tem uma antiga frase do humorista Juca Chaves que eu nunca esqueci: "não faça da velhice uma desculpa, nem da juventude profissão". É exatamente isso, a aposentadoria não é o fim, mas é um retorno, como eu disse, à infância. Abraço.
ExcluirUau! Que texto lindo esse. Realmente é uma mudança bem radical para muitos, que estão acostumados a ter uma vida corrida e tão cheia de afazeres, inclusive nos fins de semana. Mas uma hora temos que parar, e vemos que não é tão ruim assim, pois prestamos atenção em coisas que não tínhamos tempo para ver. Mas só muita delicadeza para saber que temos tempo para tudo nessa vida.
ResponderExcluirBjks!
Mundinho da Hanna
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Olá, Hanna (ou Carol rsrs). Freud nos diz sabiamente que"Talvez os deuses sejam gentis conosco, tornando a vida mais desagradável à medida que envelhecemos. Por fim, a morte nos parece menos intolerável do que os fardos que carregamos", entretanto, enquanto não chega esse dia podemos aproveitar
Excluira sapiência adquirida e viver outras de nossas muitas vidas. Abraço.(www.ufrgs.br/psicoeduc/psicanalise/entrevista-de-freud/)
P.S.: Sobre várias vidas veja minha crônica Só se vive uma vez. Será? Aqui no blog.
ExcluirNossa, senti até um certo gelo no peito ao ler! E concordo com o sábio trecho que diz que ...percebeu que a aposentadoria era mais libertação que prisão...", principalmente em nosso caso, professores, tão pouco reconhecidos e mal valorizados por aqui! Perdi o brilho pela profissão, sabe? Não pelos valores, pelos ideais, pelos alunos (atualmente sou gestora de uma creche por sete anos!), mas por esse sistema que nos trava quando queremos e sentimos a necessidade de fazer um trabalho de excelência e, contraditoriamente, nos é privado.
ResponderExcluirO texto é lindíssimo! Perfeito! E me trouxe certa leveza, assim como ao personagem, pelo que pude sentir! Encantada daqui! Feliz Páscoa!
Olá, Café com Leitura. Esse sentimento de impotência frente a esse sistema que impede que melhoremos nos consome as energias e o otimismo, mas é exatamente isso que nos torna fortes e batalhadores. Como diz o compositor cearense Ednardo "Se arme de amor e coragem que a minha arma eu não embainho".Obrigado pelo comentário. Abraços (https://www.youtube.com/watch?v=iA4WfhwoHiw).
Excluirgente, que texto mais gostoso de ler. estou sempre ouvindo/lendo histórias de depressão pós aposentadoria e sair um pouco desse cenário é muito bom e tranquilizante. muito lindo mesmo e a vontade é de ler e reler...
ResponderExcluirquanta leveza trouxe
Oi, Milca, seja bem-vinda. Você entendeu bem a ideia, a aposentadoria não é só doença e solidão, é também oportunidade. Afinal, "cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é". Leia, releia e compartilhe (legislando em causa própria rsrs). Obrigado por suas palavras gentis. Abraço.
ExcluirEsse texto desperta muita reflexão e bem profunda e real! Achei interessante essa relação que a sociedade faz quando se fala em aposentadoria e logo já relaciona com velhice ou incapacitação. Minha mãe é professora faz muitos anos e ainda continua ativa, apesar de já ter idade de se aposentar. E todos Eu sabem como é uma profissão estressante.
ResponderExcluirJá trabalhei em escola de idioma como professora de inglês por ser fluente na língua, para pagar as minhas contas e ambas as minhas faculdades. Então sei como essa é uma profissão muito desvalorizada no país. Esse texto mostra bem essa vida atarefada e corrida do dia a dia. E é importante parar para respirar em algum momento.
Olá, Debora. Obrigado pelo seu cometário. Como a sua mãe, eu passei três anos do prazo da aposentadoria, não queria largar as crionças rsrs. Porém, um dia a gente perde a garantia e é preciso ceder o lugar aos mais novos.Eu já era o professor mais velho da escola e quando viajávamos juntos as pessoas achavam que os filhos dos colegas eram meus netos, então é hora de parar mesmo, parar de dar aulas, não de viver. Abraço.
ExcluirOi, tudo bem? Bem interessante textos que nos faz pensar, refletir e perceber como nos sentiríamos em determinada situação. Acredito que muitas pessoas ao se imaginar aposentando sente receio, acredita que a vida vai "acabar", no entanto, como diz um antigo professor... não é o que acontece com a gente que importa e sim o que fazemos com isso. Podemos aceitar e crescer ou sofrer. Só depende de nós. Um abraço, Érika =^.^=
ResponderExcluirOi, Erika. Sábio esse professor. Eu conheci uma psicóloga que o mantra dela era parecido, ela dizia que o problema não é o problema, o problema é o que você faz com o problema. Obrigado pelo comentário. Abraço.
ExcluirEspero chegar aos 60 assim tbm, depois da jornada em salas de aula. De poder me aposentar e usar bem o tempo para aproveitar a mim mesma hahaha
ResponderExcluirQue texto maravilhoso, eu como professora, me senti emocionada. Leonardo mais uma vez mostrando seu talento além-sala... Parabéns.
💜
Olá de novo, Valéria. Na verdade a tendência é que você chegue lá com mais disposição de viver coisas novas que eu, as mulheres são sempre mais fortes que nós e mais vivas também. E se você é professora pode se aposentar aos 55 anos,olha que bom. Obrigado pelo comentário. Abraço.
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluircomo as pessoas ainda nao dao o devido valor para os professores.
ResponderExcluirSerá que precisaremos chegar a situação que os medico estao hoje para valorizarmos?
Seu texto deveria ser lido por todos sem discussão
Olá, Renata. Obrigado pelo comentário. Essa reflexão é interessante e eu acho que isso já veio junto com o vírus, os pais estão com os filhos em casa com atividades domiciliares e precisando fazer as vezes de professores, então já estão percebendo que não é fácil rsrs. Abraço.
ExcluirUm texto profundo, repleto de realidade que nos faz refletir mesmo sem ter a mesma profissão citada. Muitas pessoas sofrem para aceitar a aposentadoria não entendendo que ela é merecida e libertadora. Adorei a escrita, é super gostosa de ler, nos conecta com o texto. Como disse antes estou adorando o blog pois não tinha o hábito de ler esses tipos de post é por estar passando algo parecido com uma pessoa da família me tocou profundamente e já repassei seu texto para ele pois tenho certeza que o tocará também. Parabéns pela escrita e pelo texto.
ResponderExcluirOi, Lorenna. Obrigado por suas palavras gentis, é gratificante perceber que nossas palavras tocam outras pessoas e quando conseguem dar um lenitivo ao Outro é uma satisfação ainda maior. Abraço. P.S.: Se você quiser tem outras crônicas minhas aqui no Blog (Coluna Sociedade e Literatura)
ExcluirQue excelente texto! Me fez refletir muito. Achei um ponto de vista muito válido e muito necessário para que possamos refazer alguns conceitos que temos. Muitas pessoas que conheço dizem que quando aposentam não conseguem ficar sem trabalhar e acabam fazendo alguma coisa... Achei muito tocante seu texto. Parabéns!
ResponderExcluirQue excelente texto! Me fez refletir muito. Achei um ponto de vista muito válido e muito necessário para que possamos refazer alguns conceitos que temos. Muitas pessoas que conheço dizem que quando aposentam não conseguem ficar sem trabalhar e acabam fazendo alguma coisa... Achei muito tocante seu texto. Parabéns!
ResponderExcluirOlá, Vitoria. Obrigado por tirar um tempinho para comentar aqui. Realmente as pessoas normalmente voltam a trabalhar, mas o que eu desejo é que as pessoas tenham atividades por prazer, não por dever (no mercadinho da esquina rsrs). Então seria algo que até possa gerar renda, mas que também coloque vida nos seus anos. Abraço.
ResponderExcluirNossa, que texto maravilhoso! Eu fiquei tão presa á leitura que quando terminei de ler até me surpreendi. Gostei das mensagens, da reflexão que fica após a leiutura
ResponderExcluirOi, Beatriz. Obrigado pelo seu comentário. Que bom que você gostou, essa reflexão pós-leitura é bem legal. Abraço.
ExcluirQue texto lindo! Fiquei tão envolta e foi bom perceber um lado de uma rotina na qual eu não tenho nenhuma proximidade, a não ser como aluna {ansiosa pelas notas da prova hahaha}
ResponderExcluirOlá, Maria paula. Que legal que você gostou e entendeu mais como é ser professor e porque demoramos a divulgar as notas rsrs. Obrigado pelo seu comentário. Abraço.
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