Resenha - Memórias de um burro
by imagem - Rita Kirkman's
Memórias
de um burro é um clássico
infanto-juvenil da literatura russa.
Escrito pela Condessa de Ségur e publicado
pela primeira vez em 1860, recentemente, ganha nova edição pela Editora
Autêntica.
“Não me lembro da minha infância, mas provavelmente fui infeliz como todos os burrinhos, bonito e gracioso como todos somos.”
O livro conta a história de Cadichon, narrador,
um burro muito esperto que tem muito a ensinar aos humanos e também aprender. Cadichon
reivindica o direito ao respeito, cuidado e afeto que nem sempre é proferido
aos animais, o que torna a obra atual, a julgar que é ainda vemos casos de maus
tratos e abandono aos animais.
Apesar de ser outros tempos, a história de
Cadichon ainda revela um traço da humanidade de agredir a natureza e a isso
inclui os animais. A história desse Burro paira pelo humor, aventura e pelo
constante aprendizado. Todos e todas que conhecem Cadichon acabam de alguma
forma tocados (as) pela sua esperteza e sensibilidade agudos.
“Os homens, não podendo saber tudo o que sabem os burros, ignoram, sem dúvida – e vocês, que estão lendo este livro, também não têm ideia do que todos os burros amigos meus sabem”
Cadichon, ao longo da história, tem vários
donos e por passar por diversas experiências que variam entre inusitadas –
quando se escondia de seu dono para não ir trabalhar – divertidas – ao brincar
com as crianças – cruéis – quando era espancado, humilhado, etc. – e inusitada –
ao ajudar policiais a prender um bando de assaltantes e sequestradores.
A partir dessas experiências, o Burro se
envolve nas situações a ponto de trabalhar o próprio ego e também humaniza o
Homem (utilizo o termo em seu sentido geral) a pensar que ele habita neste
planeta com outros seres. Mais que isso, o narrador põe em cheque os seres
humanos na tentativa de se desvincular do reino anima. Ora o narrador, o Burro,
tem características humanas, ora o humano tem características animalescas.
Este não foi um livro que li na infância,
mas gostaria de ter lido e vou guardar para apresentar a todas as crianças que
por mim passarem. Infelizmente, a tradução me causou certo incômodo, o
vocabulário excessivamente moderno que não condiz com um livro russo escrito em
1860.
Sobre
a autora: Sophie Feodorovna Rostopchine, a Condessa de Ségur
(São Petersburgo, 1 de agosto de 1799 — Paris, 9 de fevereiro de 1874) foi uma
escritora russa, largamente conhecida no século XIX, como autora de
obras-primas de literatura infantil. Criadora de personagens eternos para o
imaginário infantil, suas principais obras são "Sofia, A Desastrada"
(ou, no Brasil, "Os Desastres de Sofia"), "Meninas
Exemplares" e "As Férias", em que desenvolvem-se os personagens-mirins
Sofia, Paulo, Camila e Madalena, além de "Memórias de um Burro".
Oi, amei conhecer esse livro pelo seu post e saber da existência dessa autora. Acho super interessantes as obras que são protagonizadas por animais e fiquei curiosa para ler esse livro e conhecer esse burro.
ResponderExcluirOlá, que dica de leitura preciosa, um livro muito fascinante adorei saber da existência dele, gostei muito quero tentar encontrar para leitura também!
ResponderExcluirEu sou uma pessoa que fujo de qualquer tipo de entretenimento que envolva bicho kkkk sou traumatizada. Quando você fala ali das partes da história do burrinho, eu já tava esperando o ponto que ele sofria porque sempre tem. Não conhecia e nem sabia que era algo lido para crianças, mas parece um jeito bem interessante de trabalhar com elas assuntos importantes.
ResponderExcluirLamento por seu trauma.
ExcluirQue dica de leitura mais amor essa! Não conhecia o livro, mas com certeza deve ser uma leitura cheia de significados. Adorei saber mais.
ResponderExcluirBjim!
Tammy
Oi, tudo bem? Que indicação mais legal. Gosto de conhecer livros de nacionalidades diferentes ainda mais quando trazem tantos ensinamentos. Fiquei admirada do quão o livro é antigo. Não conhecia mas fiquei curiosa pela leitura. Um abraço, Érika =^.^=
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