A ambiguidade do silêncio - por João Estever
Semaforo by lidiacarrion
A ambiguidade do silêncio é como o amarelo
de um semáforo: só cai para o impedimento, nunca para a livre passagem. Nunca
vi semáforos a mudarem de amarelo para verde, mas sempre de amarelo para
vermelho. Ver um sim no silêncio é passar com o amarelo: coisa arriscada, às
vezes até um pouco forçada, condescendência de mulher perante o desejo do
homem. Já um não augura maiores possibilidades de sucesso: poderá demorar
muito, mesmo até uma vida, mas quando mudar será certamente para a cor da
esperança.
(joão esteves, in do lado de fora, editora
urutau. 2018)
Caramba! Esse me fez parar pra pensar. Analogia fantástica...
ResponderExcluirE eu realmente nunca tinha reparado ou constatado essa questão do amarelo para o vermelho.
PARABÉNS!! Uma pequena pérola para meu dia.
Poucas, mas perfeitas palavras.
ResponderExcluirA analogia é perfeita, realmente interpretar o silêncio é quase sempre se dar mal mesmo.
--
Tiffannyk
#thereviewbooks | @thereviewbooks
http://thereviewbooks.com.br
cara, eu li esse textinho e fiquei pensando na frente do computador, nunca tinha pensado nisso. Essa analogia do amarelo pro vermelho, que surreal!!
ResponderExcluirinterpretar o silencio de alguém é algo tão dificil, porque eu sei o que o meu silencio significa, mas não posso nunca ter certeza do que significa o silencio do outro. que surreal isso!!
Concordo plenamente com o que disse, e há quem diz que quem cala consente será mesmo? O silêncio muitas vezes não diz nada, ora diz muito, porém quem irá arrisca passar pelo sinal amarelo e se deparar com o vermelho lá na frente. E arriscado, e corajoso. Amei o texto super reflexivo.
ResponderExcluirOi, tudo bem? Gostei bastante do trecho, acho que faz a gente pensar em quantas coisas positivas acontecem que, talvez, não aconteceram por uma mera sorte ou acaso. Às vezes, a positividade é tao escassa que parece milagre hehe. E bem como ele disse, nos dá esperança. Adorei conhecer esse texto!
ResponderExcluirLove, Nina.
www.ninaeuma.blogspot.com
Olá, tudo bem? Caramba, que trecho mais inspirador e bem escrito! Não conhecia o escritor, mas só por esse trecho já pude notar a familiaridade que ele tem com as palavras. Adorei a postagem!
ResponderExcluirBeijos,
Duas Livreiras
Um excelente analogia, reflexiva e até necessária em dias que a falta de amor próprio parece falar mais alto, então que possamos ter essa esperança tão bem vinda. Texto maravilhoso.
ResponderExcluirAbraços.
Olá, tudo bem? Que texto maravilhoso! Realmente nunca tinha pensando nessa perspectiva, e um bom paralelo para que entendamos o significado da proposta. Adorei!
ResponderExcluirBeijos,
http://diariasleituras.blogspot.com
Oi!
ResponderExcluirGostei da analogia, fiquei pensando aqui com o celular na mão durante uns bons minutos. Vale a pena a reflexão!
Olá
ResponderExcluirRealmente o amarelo de aviso nunca vi. Claro que aquelas poucas exceções que temos um aviso de que algo ruim vai acontecer e nos preparamos, mas em 98% das vezes somos tomados pelo repentino e temos que viver com essa instabilidade, como num caso de morte inesperada - precoce - que nos choca e nos destrói.
Beijos
Como pode um trechinho tão curto ser capaz de falar tanta coisa sobre nós mesmos, né? Impressionante isso. É bacana quando o autor propõe reflexões para além da literatura. Obrigada por esse post tão maravilhoso.
ResponderExcluirque lindo texto, Lili. Eu fico encantada toda vez que entro aqui. tu sabe disso <3
ResponderExcluir