Maya Angelou e as lembranças de estrelas coloridas no céu da meia-noite
“Sempre
dizendo ‘eu’,
que
significa ‘nós’”
(Maya
Angelou)
A vida de Maya Angelou não foi fácil, ela tinha algo a dizer ao mundo, até
mesmo quando um estupro a silenciou por anos. Suas palavras eram sobre amor, fé,
resiliência e, principalmente, resistência. Essas palavras permanecem vivas
mesmo após a morte da poeta em 28 de maio de 2014, aos 86 anos.
Devido a sua luta ativismo, em 2010,
recebeu das mãos de Barack Obama a Medalha presidencial da Liberdade. O que
negligencia seu trabalho como uma artista multifacetada. Contadora de
histórias, poeta, atriz, dançarina, cantora e diretora de cinema. Seu mais
celebre poema é Ainda assim me ergo,
um convite a resistência e a poesia.
Você pode me matar com seu ódio,Mas ainda assim, como o ar, eu me ergo.
Em seu livro Mamãe & Eu & Mamãe, relançado recentemente pela Rosa dos Tempos, selo feminista do Grupo Editorial Record, Maya descreve
seu relacionamento com a mãe, mulher poética.
O amor cura e liberta. Eu uso a palavra amor não como sentimentalismo, mas como uma condição tão forte que pode muito bem ser o que mantém as estrelas em seus lugares no firmamento e fez o sangue fluir disciplinadamente por nossas veias.
Os pais de Maya, Vivian Baxter e Bailey
Johnson, se separaram quando ela tinha três anos e seu irmão, cinco. Num acordo,
decidiram enviar as crianças para casa da avó paterna, no Arkansas. Com sete
anos Maya volta a viver com Vivian e então, o namorado da mãe a estupra.
A visita a St. Louis durou pouco, mas lá fui estuprada e o estuprador acabou sendo morto
O estupro foi um dor momentos mais
marcantes na vida de Maya, ela desejou que seu agressor morresse e após ser
preso e solto, ele é encontrado morto. Com medo da intensidade de suas
palavras, Maya passa um longo período sem falar, volta para casa da avó no Arkansas
e passa a ler e decorar os grandes clássicos da literatura mundial, como
Balzac. É também, a partir desse instante que passamos a entender a força das
palavras de Maya quando afirma que o amor cura e liberta.
Ela havia me libertado de uma sociedade que me teria feito pensar que eu era a ralé da ralé. Ela me libertou para a vida.
Conheci Maya Angelou no início de meu
processo de cura, seus textos me foram indicados, portanto, tudo sobre sua vida
me fascina. Entretanto, encontrar palavras para descrever Mamãe & Eu &
Mamãe é como se eu falasse sobre mim porque faz parte de minha história. A minha
história precisou ser revista, reescrita e aceita para que eu pudesse me ver
como indivíduo e coletivo, eterno e finito, nesta linha de tempo, que não
acabou, fui acolhida palas palavras-poesia de uma mulher inspiradora, que antes
mesmo de ser Maya, também foi sua mãe, sua avó e as que precedeu, “(...) mal consigo distinguir onde termina a minha
mãe e eu começo”. Além de toda obra escrita e produção cinematográfica de
Maya, podemos encontrar seu documentário E
ainda resisto, disponível na Netflix.
Que história triste a dela!! :((( E infelizmente é o que mais acontece, não é mesmo? Que triste saber que ela era tão criança.
ResponderExcluirE imagina o impacto de desejar tanto algo e acontecer dessa forma?
Fiquei curiosa para ler seus textos, gostei da dica!
beijos
www.apenasumvicio.com
Que mulher inspiradora ! A história de vida da Maya nos passa força e uma resistência sem igual. Eu não a conhecia e este livro dela me parece ser incrível. Sempre existe aquele livro que faz parte de nós, não é? Eu adorei conhecer um pouco desse autora, poetisa e tantas outras coisas.
ResponderExcluirSimplesmente maravilhosa! Vou querer ler algo dela o quanto antes.
Beijos do Wes ^^
Olá, tudo bem? Não tinha conhecimento do livro ainda, mas parece ser uma obra muito importante e ao mesmo tempo de leitura pesada, pelo tipo de tema que aborda. Adorei saber que tem também um documentário, que, aliás, já fiquei doida para ver. Ótima dica, valeu!
ResponderExcluirBeijos,
Duas Livreiras
Olá!
ResponderExcluirCaramba que triste essa história de vida da Maya. Mas ao mesmo tempo deu pra perceber o quanto dá pra refletir e ajudar muito gente que passa por coisa parecida.
Não sou muito de leituras com aspectos autobiográficos, mas essa me chamou atenção pela intensidade.
Beijos!
Camila de Moraes
Oi! Eu ainda não conhecia o livro, mas fiquei bem mexida com toda essa história emocionante. Pelo visto é uma obra que nos traz muitas reflexões. Adorei conhecer um pouco mais dele através de seu blog. Vou deixar a dica anotada aqui.
ResponderExcluirBeijos!