EDUCARE... EDUCAR... ENDIREITAR? - LEONARDO NÓBREGA
By imagem Raf Cruz Collage
Sou
professor há mais de trinta anos. Desses doze foram ocupados apenas funções
técnicas em uma grande escola particular de Fortaleza. Ao retornar à sala de
aulas depois desse hiato encontrei crianças e adolescentes bem diferentes
daqueles que conheci outrora. Não discutirei aqui se essas mudanças de
comportamento dos alunos foram para melhor ou para pior, até porque esses são
conceitos vagos e subjetivos, mas me proponho a pensar, ainda que de forma
superficial, como em um espaço escasso de tempo se alterou substancialmente a
posição juvenil frente à educação, às figuras de autoridade e às exigências
colocadas pela cultura e civilização.
Há uma angústia pairando pelos corredores e
pelas salas dos professores de nossas escolas, apelidada, corriqueiramente, de
“fracasso escolar”. Fenômeno que pode ser interpretado de inúmeras maneiras e
que já encheu muitas páginas de muitos livros. Nós vamos caminhar por trilhas
já abertas que veem o “fracasso escolar” como um sintoma social. Entendemos que
esse não é um fracasso do escolar,
porém, ele aponta incoerências do estilo de educação instituído pela
Modernidade. Modelo que impõe emergência, massifica e padroniza, que propõe
gozar sempre. Modernidade onde o sofrimento e a tristeza estão banidos: A
ninguém deve (ou pode) faltar nada.
Ora,
educar, no sentido mais amplo do termo, é introduzir o sujeito na civilização
ou, dito de outra forma, inserir a criança no mundo adulto o que se inicia com
a socialização proporcionada pela Educação Infantil e vai avançando até o
Ensino Fundamental quando se espera que o indivíduo já esteja pronto para
decidir, mesmo que de forma capenga, o seu destino, o que deverá ser
consolidado ao final do Ensino Médio com o ingresso em uma instituição de
ensino superior que irá preparar nossos rebentos para uma vida profissional
plena de competência e felicidade, o que sabemos nem sempre ocorre. Porque não
é possível ao humano fazer parte da cultura e da civilização (e até mesmo se fazer
sujeito) sem abdicar de alguns (ou muitos) prazeres. Como então os educadores –
família e professores – podem atender a essa exigência, estando, eles próprios,
inseridos nesse discurso do não-faltar-nada? Do gozo total e irrestrito? Não
podem! Aos adultos cabe compreender (e aceitar) que, além de não ser possível
fazer com que nada falte à criança, pois para todos nós haverá sempre algo mais
a desejar, os miúdos nunca conseguirão preencher o que nos falta, não
realizarão o nosso ideal. Profecias como: “ele vai ser tudo o que eu não fui”
ou “ele vai ter tudo o que eu não pude ter” não costumam cumprir-se, porém,
geram uma “dívida” impagável para o sujeito que, além de se haver com os seus
conflitos, passará a precisar dar conta dos conflitos das gerações ancestrais.
O
professor sente-se então, diante desse quadro, sozinho e confuso. Sozinho por
não encontrar sustentação na escola, na família e, em última instância, na
sociedade para cumprir sua missão, qual seja, educar; e confuso por não se reconhecer
mais nesse lugar de “guia” para a cultura e civilização, de detentor de um
saber que lhe conferia autoridade, respeito e empatia, indispensáveis para
realizar sua tarefa. E aí ele se pergunta: “O que querem agora de mim”?
A
escola assumiu há muito tempo (aliás foi criada para isso) várias das funções
parentais. Os professores tinham então status, digamos assim, de “pais
postiços” com as características da função, inclusive a aplicação de castigos
físicos a exemplos dos pais “reais” e que era prática comum àquela época. Hoje
as escolas (professores) e a maior parte das famílias não adotam e não admitem
mais essa postura (ainda bem), mas continuam, em tese, exercendo um papel
fundamental na construção desses sujeitos, e os professores, por lidarem diária
e diretamente com os alunos, têm uma porção significativa dessa
responsabilidade.
Aqui
surge um paradoxo: diferente do pai antigo que emprestava o seu poder ao
professor e aceitava que esse, junto com ele, o exercesse, o pai da Modernidade
abre mão da sua função usando para isso alegativas inconsistentes como: “Não
cobro muito por passar pouco tempo com ele; ou o meu cansaço ao fim do dia é
tamanho que acabo permitindo tudo” e, por outro lado, desautoriza a escola e o
professor quando esses, de dentro da confusão da qual falamos antes, esboçam
algum movimento em direção a instituírem “bordas” que balizem a criança e o
adolescente, os levando a ocupar o seu lugar na civilização. O pai da
Modernidade não faz e não permite que seja feito, exatamente por estar
“atravessado” pela ideia de que o filho deverá ser mais do que ele foi e que
para isso a ele não pode faltar nada. O seu gozo tem de ser pleno.
E se
não conseguirmos mais educar? Inserir a criança no mundo adulto lhe
transferindo um mínimo da cultura milenar que a humanidade acumulou? Pô-lo na
civilização? Fazer, como nos diz Freud,
que o Princípio de Realidade se sobreponha ao Princípio de Prazer? Que tipo de
sociedade podemos esperar para as próximas gerações?
É de
Freud também a máxima de que: Educar, governar e psicanalisar são profissões
impossíveis, mas realizar o impossível não é uma característica do humano?
Então, educadores, nos armemos de amor e coragem e vamos à luta.
Prof.:
Leonardo Nóbrega
Texto maravilhoso, algo que vale refletir. A autoridade que os professores tinham antigamente praticamente não existe mais, a profissão (tão maravilhosa) é extremamente desvalorizada por pais que acham que a educação tem de vir da escola, que é papel do professor ensinar as coisas básicas que os pais estão cansados pra ensinar em casa. Além de que muitas crianças hoje são mimadas e os pais pensam ser anjos, nunca acreditam nos professores e estes são sempre os culpados/prejudicados. Acredito que hoje, pra se tornar um educador, é preciso muita coragem e amor pela profissão.
ResponderExcluirNão sei se eu viajei na coisa toda ou se entendi errado o propósito do texto. Acho que é isso.
Taísa, você entendeu perfeitamente. Obrigado por comentar. Abraço.
ExcluirOlá, tudo bem?
ResponderExcluirEu achei esse texto maravilhoso, é profundo e reflexivo, acho interessante esse questionamento sobre educar, acredito eu que isso primeiramente deve vir de casa, mas pelo que vejo, hoje em dia muitos pais não estão educando os filhos e esperam que isso seja feito nas escolas. Porém, o educar do professor é outro, é preparar as crianças e jovens para os desafios do mundo por meio dos estudos.
Abraço!
Exatamente, Saga Literária, são educações diferentes. Obrigado pelo comentário. Abraço.
ExcluirQue texto maravilhoso que tu trouxeste Leonardo, é de encher os olhos e sempre acompanho seu trabalho nas redes sociais e admiro muito você. Em relação a autoridade, como os pais tratam os filhos com tudo nas mãos, realmente é de refletir, ótimo, encantador.
ResponderExcluirBjs
Que legal, obrigado pela companhia e pelo comentário. Grande abraço.
ExcluirTive o prazer de trabalhar em uma escola pública a cerca de 15 anos atrás e aproveitei o ensejo para cursar pedagogia. Por desventuras do destino ou de escolhas mesmo abandonei o curso e sai do trabalho. Hoje tenho vontade de retomar os estudos para área da educação, mas tenho medo do que vejo, os ditos conflitos dos alunos são bem maiores do que naquela época. Simplesmente não sei responder o que querem de um professor hoje e nem sei se estou preparada para dar isso seja pra quem for.
ResponderExcluirUm excelente texto, que me fez repensar mais uma vez todos os meus desejos profissionais e materno.
Beijos.
https://cabinedeleitura0.blogspot.com.br/
Não se preocupe, os alunos lhe ajudarão na jornada, basta que você seja firme, honesta e saiba ouvi-los. E lembre do Rei Julian do filme Madagascar: eles são só um bando de bocós rsrsrsrs
ExcluirOi, Leonardo!
ResponderExcluirSensacional o seu texto!
É muito triste ver o cenário da Educação hoje em dia em nosso país. Mais triste ainda é ver que o professor carrega sobre os ombros a responsabilidade de ensinar aos alunos, além das matérias que necessitam, tudo aquilo que não aprender em casa, tendo que lidar com crianças e adolescentes sem nenhum tipo de respeito pela sua figura. :(
Espero muito que esse cenário possa ser mudado.
Abraços!
É triste sim, mas, como eu disse no texto precisamos de amor e coragem e com isso avançamos sempre. Abraço.
ExcluirQue artigo mais interessante! Não é o primeiro texto seu que acompanho aqui no Poesia da Alma e este me deixou muito admirada! São palavras para se refletir.
ResponderExcluirTudo o que sempre pensei enquanto estudava e fazia estágio dito em um texto simples e rápido. Faço pedagogia e a cada estágio percebo mais que o professor fica perdido no que fazer. Não devemos passar nosso conhecimento para o aluno, apenas, devemos sempre estar em constante aprendizado com eles, mas quando a criança não possui uma base familiar boa? Quando a criança chega na escola obrigada, revoltada, precisando de uma atenção que não ganha ou mesmo tão mimada que não possui limites? O que fazer? Ficamos mesmo perdidos nesses casos, pois mesmo quando tentamos chamar esse aluno a si, somos repreendidos. É complicado e, teoricamente, impossível, mas não devemos e não podemos desistir.
ResponderExcluirAdorei o texto, foi bem reflexivo.
Abraços
O pior, Fernanda, é que a maioria chega revoltada e isso é entendível. Também segundo Freud, a educação é um tipo de violência simbólica e temos que nos haver com ela. Abraço.
ExcluirQue texto mais reflexivo! Infelizmente a realidade hoje nas escolas é mesmo muito diferente da que era a alguns anos atrás. Tenho um cunhado e uma tia que são professores, e eles falam muito sobre isso, e sobre a dificuldade que encontram no trabalho, na questão da educação. A sensação que fica é a de que a tendência é piorar, pelo andado da carruagem. Infelizmente.
ResponderExcluirUm beijo, Pri :*
Pri,obrigado pelo comentário. Realmente é bem difícil o trabalho do professor, mas ao mesmo tempo é gratificante. Compartilhe o texto com seu cunhado e sua tia para que eles possam discutir com os colegas professores, a sala dos professores sempre é um lugar de reflexão. Abraço.
ExcluirQue incrível, parabéns!!!
ResponderExcluirIngressarei esse ano na faculdade de Letras e esse texto foi meio que um "preparo" para eu adentrar nesse mundo da educação. Li recentemente um livro que tratava as reais situações das escola brasileiras, onde uma garota de 13 anos relatava em uma página no Facebook todos os problemas e acontecimentos de sua escola, caso queira conhecer o título é: "Diário de Classe - A verdade" da Isadora Faber.
Abr
Bárbara
https://blog-myselfhere.blogspot.com.br/
Vá com força, coragem e amor, Bárbara, vale muito o sorriso e o agradecimento dos alunos no futuro, porque a educação é sempre a posteriori, depois de um tempo é que vemos a importância que ela teve para nós. Obrigado pelo comentário e pela dica do livro. Abraço.
ExcluirOlá, tudo bem? Muito bom esse texto... bem tocante, profundo e principalmente reflexivo. Adorei!
ResponderExcluirBeijos,
https://duaslivreiras.blogspot.com.br
Estava falando sobre isto com minha irmã.
ResponderExcluirComparando gerações e tentando entender o pq dos professores serem tão desrespeitados atualmente.
É bom para refletir. Na minha opinião teria que ser ministério do ensino e não educação. Pois muitos pais passam essa responsabilidade para a escola e não participa da vida dos filhos.
Clayci, obrigado pelo seu comentário. Abraço.
ExcluirMuito interessante o texto. As formas de adquirir conhecimento estão mudando, e com isso o papel do professor também encontra essa necessidade de se remodelar.
ResponderExcluirMarijleite, obrigado pelo seu comentário. Abraço.
ExcluirOi Leonardo, infelizmente em nosso país há uma invasão de valores que me deixa de cabelo em pé. O professor que é o começo de tudo não é minimamente valorizado, e o que me deixa ainda mais estarrecida é o fato da dita "criança" pintar e bordar sem qualquer tipo de punição. Outro fato que não concordo, é que muitos pais acham que a educação, aquela do respeito ao próximo, do bom dia, boa tarde, etc, que deveria vim de casa, passa longe dos bancos escolares, e em muitos casos, a falta da educação é motivada por pais que não tem nenhum tipo de capacidade de educar seus filhos, permitindo que eles sejam pequenos e promissores delinquentes. Para um país melhor, é preciso antes de tudo, começar por uma educação eficaz, que a meu ver, está bem longe de acontecer.
ResponderExcluirBjs, Rose
É realmente assustador, já atendi uma mãe que pediu pra não dizer ao filho (13 anos) que ela esteve na escola para saber sobre ele. Alguns pais estão com medo dos próprios filhos. Abraço.
ExcluirTenho sofrido bastante, faço faculdade e estou indo para o segundo ano, mas já atuo em sala de aula nos programas de iniciação a docência, são tantos problemas que fico abismada, coisas que não deveriam aparecer tão cedo, como sexo e drogas e tratam como se isso fosse problema do professor, como se de fato somos pais postiços, nossa função é educar e ainda assim nos sobrecarregam.
ResponderExcluirDayhara, mas não desanime, vale muito quando percebemos o quanto ajudamos esses jovens. Abraço.
ExcluirOi
ResponderExcluirQue texto lindo e reflexivo. A educação é ponto de partido para tudo. Infelizmente muitos professores(as) não são valorizados(as), isso é muito triste, alguns outros não se dedicam a essa profissão maravilhosa. Não tenho o dom para essa profissão mas digo para quem tem que não deve desistir, dificuldades existe em todo lugar e em todas as profissões... E sobre os "pais postiços" super concordo. AMei o texto.
BJos 💋
Perfeito, não desistir e parabéns para você que reconhece não ter o dom, muito importante essa consciência. Ah! se todos tivessem. Abraço
ExcluirQue texto fantástico que reflete as agruras da ser PROFESSOR (sim com letras garrafais), este que tem um papel tão relevante da formação/desenvolvimento da pessoa. Tenho educadores/professores na família e sei o que passam, principalmente em se tratando de ensino formal, eu me aventuro pela educação, mas me reservo à escolha prazerosa de atuar somente com educação não formal (Ongs, Senac com cursos de aprendizagem e preparação para o mundo do trabalho).
ResponderExcluirNossa você me emocionou com texto tão profundo.
Parabéns!
Bjo
Tânia Bueno
Oi, Tânia. Achei sensacional o PROFESSOR, obrigado pelo elogio e pelo comentário. Abraço.
ExcluirOlá!
ResponderExcluirTexto incrível! Os tempos mudaram e com ele as opiniões, atitudes, educação, etc. Vivemos em uma época de intolerâncias, desrespeito, dor, miséria, maus-tratos, inseguranças, injustiças, tantas e tantas coisas que transforma o ser Homem em um ser irracional e muitas vezes cruéis. E muitas dessas crianças encontram refugio nas palavras sábias de seus mestres, outras apenas ignoram e mergulham na escuridão. Admiro muito esse trabalho, ser professor, ser educador, ser amigo, ser ouvinte, ser conselheiro, ser alguém pra nos salvar...
Nizete
Cia do Leitor
Pois é, Nizete, somos tantos em tão pouco tempo que quase nem notamos rsrsrs. Abraço.
ExcluirSer professor na realidade atual é um verdadeiro desafio. Já na minha epoca de escola, era difícil ver meus educadores sofrendo todo tipo de desrespeito: dos alunos, da escola, do estado. Tenho um carinho enorme por alguns dos meus professores e admiro demais a garra de vocês ❤
ResponderExcluirOi, Jéssica. Obrigado pelo comentário e pela admiração, precisamos ouvir coisas assim para continuar na nossa missão. Abraço.
ExcluirOi, tudo bem?
ResponderExcluirTexto realmente maravilhoso e com muitas reflexões. As mudanças de comportamento da atualidade estão ocorrendo em um ritmo vertiginoso. Não podemos culpar somente os pais pela degradação ao respeito pelo outro e o cumprimento da lei, tampouco podemos responsabilizar a escola. Há uma falha imensa no sistema social, que afeta direta e indiretamente todos nós.
http://colecionandoromances.blogspot.com.br/
Isso mesmo, Sophia, existem outros componentes importantes que interferem nessa mudança de comportamento, daria dez outros textos. Obrigado. Abraço.
ExcluirOiii
ResponderExcluirMas que belo texto hem!! Sou professora e esse ano vou entrar para a sala de aula pela primeira vez! Espero saber conciliar todas as mudanças que ocorrem rápido com o jovem de hoje.
Bjus
Seja bem-vinda ao mundo da educação. Boa sorte e seja feliz. Abraço.
ExcluirOlá!
ResponderExcluirÉ uma pena que temos vivido tempos tão complicados, pais cada vez mais sobrecarregados e não acompanhando seus filhos na vida acadêmica. Parece que tudo está do avesso e as histórias que vejo sobre os professores que tenho na família me deixa chocada. No meu tempo não era dessa forma, a educação parte de casa e a escola é um complemento que nos ajuda estimular outras partes da nossa vida dando-nos base para sermos bons profissionais, o que acho fundamental, mas parece que a inversão de valores não parece estar prestes a ter alguma mudança para melhor, o que é uma pena.
Beijos!
Camila de Moraes
É isso, Camila, mudaram os tempos, mudaram os alunos e mudamos nós, mas acredito que alguns valores devem ser mantidos. Abraço e obrigado pelo comentário.
ExcluirUma pena o ensino estar regredindo de forma que o professor nao tenha mais tanta autoridade para conseguir lidar com uma quantidade enerme de jovens! É um texto bem reflexivo e tras muiro da realidade!
ResponderExcluirBeijos,
Conta-se um Livro
Oi, Ritchelly, realmente tem muito de realidade e a realidade quase sempre é difícil de enfrentar. Abraço.
ExcluirOlá Leonardo,
ResponderExcluirNão sou professora nem mãe, mas sei como alguns pais delegam a função de educar no quesito parental à escola. Eu ouço muitos pais dizendo que a escola não ensina o filho direito sobre como agir ao longo das situações da vida e, ora, esta não seria uma atividade dos pais? Hoje em dia está cada vez mais difícil para os professores educarem os alunos e inseri-los no meio adulto porque, simplesmente, não há apoio da base dessa criança e não há respeito da parte deles.
Me preocupo com o futuro da nossa civilização.
beijos
Então Bruna, é por aí. É difícil levar a criança até o próximo passo, mas é a partir disso que poderemos construir outra sociedade, não voltar ao passado, mas construir um futuro. Abraço.
ExcluirOlá, o seu texto esta incrível, com o tempo o papel do professor e sua autoridade mudaram bastante, agora muitas vezes além de ensinar as matérias em si tem que suprir muitas coisas que os alunos deveriam aprender em casa =/
ResponderExcluirObrigado, Jéssica. Precisamos separar o que é responsabilidade do lar, da escola, da igreja... Abraço
ExcluirOlá
ResponderExcluirmuito legal poder ler o ponto de vista de um professor sobre a educação de jovens, imagino como é difícil estar nesse papel e não é para qualquer um pois como vc destacou, muitas vezes o professor acaba tendo esse papel de pai/mãe postiço, adorei cada palavra do texto e com certeza me fez refletir melhor sobre o assunto
beijos
http://www.prismaliterario.com.br/
Obrigado, Catharina, muito legal que você gostou e realmente ser professor não é para qualquer um, só para os forte rsrsrssrs. Abraço.
ExcluirOi, tudo bem?
ResponderExcluirQue texto sensacional! Reflexivo e com questionamentos muito pertinentes.
Fico triste de ver o rumo que a educação está tomando e são tantas as causas dessa situação. A primeira delas é que o ato de educar deveria começar com os pais, mas eles estão cada dia mais ausentes e permissivos, que não dão limites e responsabilidade aos filhos. Assim, como esperar que os professores consigam educar e preparar seus alunos, se não encontram apoio na base formadora dessas crianças, a família?
Concordo com tudo que você disse, especialmente que o ato de educar não é para poucos. Com um cenário cada vez mais adverso, sinceramente não sei como muitos professores, como você, tiram forças para continuar exercendo sua profissão. No entanto, admiro profundamente os que seguem esse trabalho, cada dia mais difícil, que é o de educar nossas crianças.
Abraços!
Exatamente, Luíza, são caminhos tortuosos e desconhecidos que trilhamos na educação, porém avançar é preciso. Abraço.
ExcluirJá faz alguns anos desde que saí da escola e, apesar de não lidar constantemente com pessoas mais jovens, me pergunto como anda o ambiente escolar depois de tantas mudanças tão rápidas na maneira de consumir conteúdos. Na minha época, claro, já existiam internet e celulares que roubavam a nossa distração, mas nada tão intrínseco quanto a situação atual. Ler o seu texto respondeu as minhas dúvidas, mas não me deixou particularmente animado. De qualquer forma, acredito que a educação (como qualquer aspecto da vida) deva evoluir a ponto de se tornar tão atraente quanto as outras milhões de distrações do nosso dia. Isso vai melhorar a relação do aluno com a educação (e os professores, claro).
ResponderExcluirPortal GATILHO
https://portalgatilho.wordpress.com