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A Bienal do Afeto

by imagem  - poesia-colagem


Olá! A nossa coluna Sociedade e Literatura não poderia deixar de falar sobre a grande festa literária acontecida no Ceará: a Bienal do Livro, a XII. Entre os dias 14 e 23 de abril de 2017 estiveram reunidos no Centro de Eventos do Estado escritores, leitores, livreiros, editores, formadores de opinião, escolas, academias de letras, associações de escritores e até o Willy Wonka deu o ar da graça por lá.

fotografia: Chico Gomes


Dos dez dias da Bienal estive em nove, e o que eu vi e senti ficará marcado por muito tempo em minha memória e em meu coração.

Logo na entrada (no chamado hall) do imenso e confortável Centro de Eventos nos deparamos (vou usar o plural porque me acompanhava nessa deliciosa jornada literoculturalgastronômica a escritora paulista/recifense/fortalezense, bem, do Mundo, Magali polida, com quem divido a produção dessa coluna hoje) com um espaço dedicado ao tipo de literatura mais genuína e próxima do Nordeste, seguindo a moda internética seria chamada de literatura raiz. A Praça do Cordel é uma grande festa dentro da festa da Bienal, é o congraçamento dos poetas, cantadores, aboiadores e outras tantas formas de expressão da cultura popular. No palco montado em um extremo da praça o visitante podia se deliciar com aboios, cantorias, declamações, repentes e improvisos durante todo o dia e a noite (A Bienal fechava as portas às vinte e duas horas) e ainda conhecer e comprar centenas de produções de artistas locais e de outras paragens do Nordeste. Havia até o simpático Chico Neto, vaqueiro de verdade e que também é poeta, courado (Vestido com a roupa de couro usada na lida) e a disposição do público sempre com um sorriso para contar causos e tirar retratos (sim, retratos).

 fotografia: Chico Gomes


Após mil abraços, apertos de mãos e reencontros com amigos queridos conseguimos atravessar a Praça do Cordel e entramos no pavilhão mais procurado: o espaço dos estandes. No primeiro momento não sabemos muito bem para onde olhar, para que lado ir, o espaço é realmente enorme. É preciso um instante de contemplação daquele templo sagrado para leitores e escritores para nosso GPS interno nos indicar a direção. Como tínhamos um porto seguro, o estande da ACE (Associação Cearense de Escritores), achamos melhor começar nossa expedição literária por lá. Passear por entre tantos estandes originais e criativos, que despertavam a curiosidade e convidavam a entrar pelo aroma irresistível (para minha parceira de excursão) de um café quentinho ou pela placa que propunha a troca de abraços por poesias feitinhas na hora que nem o café. Ambos deliciosos. Isso tudo observado de perto pelos heróis saídos das páginas dos quadrinhos como o Hulk ou Wolverine que nos faziam desconfiar que havia mais coisas entre aquelas esculturas gigantes e a Bienal que podia imaginar nosso vão achismo, e havia sim. Havia um espaço chamado de Juventude Fantástica.



Cada passo dado nos indicava que aquela não seria apenas mais uma Bienal, cada corredor percorrido nos levava a mais novidades e apaixonamento. Ao final do pavilhão térreo (Sim, havia outros andares) encontramos o passado e o futuro lado a lado sem rivalizar um com o outro. Em um canto havia uma réplica do Cais Bar, um barzinho famoso de Fortaleza que brilhou na Praia de Iracema de 1985 a 2003 que reunia intelectuais e artistas já famosos, que ainda seriam famosos e os melhores: os do povo que passam despercebidos. Ao lado do “Cais Bar” uma tenda em forma de iglu abrigava um planetário portátil convidava a uma viagem interplanetária e além, e nem precisava ser selado, carimbado ou avaliado, apenas ter paciência para enfrentar a fila. No lado oposto estava o Café Literário, com lançamentos e conversas sobre literatura e outras artes, em um espaço onde realmente funcionava um café, para a alegria da minha parceira Magali polida.

Os dias que se seguiram foram de alegrias, emoções e muitos uau’s. Conseguimos, minha parceira e eu, maratonar (para roubar um termo da moda) a Bienal. Participamos de muitos eventos dentro do evento visitamos o máximo de estandes e salas que nossas pernas conseguiram, acho que nunca caminhei tanto (rsrs) e nunca fiquei tão feliz em estar cansado, a sensação desse cansaço bom só posso comparar aos tempos de escotismo quando voltávamos de algum acampamento de dez dias com todos os músculos doendo e um sorriso enorme. O cansaço estava lá, mas não nos fazia desistir de explorar a cada novo dia o que os outros dois andares daquele prédio quadrado, feio e sem graça por fora, mas lindo por dentro, tinha a oferecer. Eram trinta e seis salas, dezoito em cada andar, vivas das dez da manhã até as dez da noite: palestras, entrevistas, lançamentos de livros, mesas redondas, teatro, dança, música, circo, contação de histórias com a participação de interpretes de Libras, performances com experiências sensoriais para deficientes visuais, declamações, saraus, maracatus... Espaços organizados, produzidos e gerenciados por movimentos sociais, coletivos das periferias, povos indígenas, Mestres e Mestras da cultura, comunidades tradicionais de matrizes africanas, ONG’s. Porém, aparentemente os organizadores acharam que o espaço do Centro de Eventos era pouco para a cultura que sangrava feito u açude em época de chuvas, então espalharam a Bienal mundo afora com A Bienal fora da Bienal, que levou escritores e outros atores de diversas culturas para cidades da Região Metropolitana de fortaleza, onde populações e visitantes puderam interagir e beber dos conhecimentos que se complementam: o popular e o erudito, aprendendo e ensinando.

fotografia: Dulce Nóbrega (Leonardo Nóbrega, esquerda. Chico Gomes, direita)

Valeu muito à pena esperar alguns meses a mais para desfrutar dessa Bienal (quase trienal) adiada de propósito para ser em um ano sem interferências de campanhas políticas para eleições e no primeiro semestre ficando assim em momento diferente de outros grandes eventos literários espalhados pelo país. Foi uma sábia decisão e que atendeu aos anseios da maioria, inclusive desse que vos escreve.

Para finalizar (Acho que ouvi uns “ufas” entre os leitores rsrs) quero destacar que o tema “Cada pessoa, um livro; o mundo, a biblioteca” foi perfeito, entretanto podemos também chamar a XII Bienal do Livro do Ceará de a Bienal do Afeto. Sem sombra de dúvidas o acolhimento por parte de todos os envolvidos com a recepção aos visitantes, escritores, palestrantes, expositores, desde as pessoas que orientavam e organizavam o estacionamento, passando pelos e pelas recepcionistas de cada sala até os organizadores e coordenadores do evento com quem esbarrávamos o tempo todo pelos corredores (não encastelados em alguma sala em local incerto e não sabido) sempre simpáticos e solícitos, dispostos a trocar dois minutos de prosa com qualquer uma das milhares de pessoas que passaram por lá, nos fez sentir dentro de um abraço gigante.

Sim! Bienal do Afeto será como essa Bienal será conhecida no futuro.

Sobre os autores:

Leonardo Nóbrega é cearense, nasceu em 1960 em uma casa cheia de livros. Onde aprendeu desde cedo a gostar das letras. Hoje é pai, marido, filho, professor, Geógrafo, Psicanalista, curioso e autor dos romances: Outros Tempos e Crime do Tarô.

Magali Polida. Sobre mim? O céu. Mesmo quando poluído. Enquanto os pulmões das aves aguentarem, também permanecerei esperançosa de um dia olhar para o céu sem ter os olhos irritados e o coração aflito.
Escritora, poetisa, pedagoga, artista plástica, poetriz, artesã e meus interesses pessoais são público desde o meu nascimento, em 1981, na cidade de São Paulo. Moro em Pernambuco e considero-me cidade pernambucana. Autora do livro A menina do panapaná e Bichomemulher.

Chico GomesNome: Francisco Antonio Oliveira Gomes. Nome Artístico: Chico Gomes
End: Rua Uirapuru,1846 – Vila Manoel Sátiro. 60.713-035 – Fortaleza-Ce. Fones: (085) – 3013.5731 * 9.8834.6468

Formado em Design de Moda, atua na área de fotografia a vinte anos desenvolvendo um trabalho de documentação cultural, social e religiosa. Com cerca de 25 cursos de aperfeiçoamento na área e uma vasta lista de exposições individuais e coletivas no Brasil e exterior, é detentor ainda de vários prêmios, dentre eles, Leica-Agfa em 2004, Premio Chico Albuquerque 2005, Curta Canoa 2009 e alguns prêmios no Salão de Abril de 2003 e 2005. Tem ainda uma atuação muito importante na área de divulgação da fotografia cearense sendo um dos fundadores do Instituto da Fotografia do Ceará-IFOTO. Atualmente desenvolve um trabalho na cidade de Fortaleza realizando e coordenando bimensalmente, e já a cinco anos, a Feira da Fotografia Fortaleza, evento que se realiza no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura a cada dois meses. Tem também um livro lançado em dezembro de 2013 – HOMENS CARANGUEJO em parceria com Sergio Carvalho, Sergio Nóbrega e Henrique Claudio. Um dos seus maiores projetos, o “FRANCISCO de Canindé”, que é uma documentação imagética que fez durante doze anos da Romaria de São Francisco em Canindé, terá seu ápice neste ano de 2017 com o lançamento do livro FRANCISCO, trabalho este que terá seu lançamento inicial na cidade de Assis na Itália.

29 comentários:

  1. Oi tudo bom?
    Deve ter sido um evento maravilhoso, cheio de autores para conhecer e novos livros para adquirir.

    Beijos

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  2. Foi um prazer estar presente em um evento tão mágico e caloroso ^^

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    1. E eu tenho dois anos antes do outro pra me recuperar da tua visita rsrsrsrs Brincadeira, foi um prazer e muito bom dividir a Bienal com você. Em novembro tem a Fliace. Espero você e a Lilian Farias.

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  3. Uau, sempre tive vontade de ir em uma Bienal, e essa parece ter sido incrível!

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    1. Oi, M.Borges. A Bienal foi sim fantástica e inesquecível. Nos veremos na de 2019. Abraço.

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  4. Oioi!

    A Bienal é um mundo mágico, à parte de nosso mundo, né?
    Se eu pudesse, moraria numa Bienal pra sempre! ahahahaha
    Que ótimo que você pôde ir 9 dias e pôde aproveitar.
    Eu estou morta de vontade de ir a uma, mas pra mim será só no ano quem vem, em SP mesmo.
    E que venham muitas outras bienais, né?

    Beijos!

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    1. Olá, Sandra. Morar em uma Bienal seria sensacional rsrs. Só pude ir os 9 dias porque foi aqui na minha cidade, mas se tiver uma cama na de Sampa, de repente passo todos os dias aí hehe. Abraço.

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  5. Que postagem mais gostosa de ler. Ver as experiências de quem vai na Bienal é sempre muito bom. Parece ter sido mesmo maravilhosa. Agora eu estou ansiosa para a edição aqui do Rio esse ano.

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    1. Beatriz, foi muito legal mesmo, acho que foi a melhor das 12 que já tivemos, vaos esperar que a do Rio seja incrível também, como sempre. Abraço.

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  6. Ah que incrível essa postagem menina, ainda mais com as pessoas revelando assim mesmo seu lado lindo e belo, fiquei encantada e apaixonada, espero que sempre seja um sucesso.
    Beijinhos

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    1. Obrigado pelo seu comentário,Morgana. Esperemos que a próxima, em 2019, seja tão incrível como essa. Abraço.

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  7. Dayane, olá. Essas fotos da indiazinha (que é índia mesmo) eu considero as mais fortes e simbólicas dessa Bienal. O Chico conseguiu capturar um momento realmente único dentro do evento. Ele, o fotógrafo, é muito sensível e competente, minha foto do perfil no Facebook foi feita por ele. Abraço.

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  8. Queria poder participar de eventos como esse e fico super feliz de poder ler posts como o seu, contando a experiência para quem está longe, como eu!
    Beijos
    Mari
    www.pequenosretalhos.com

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  9. Nossa que lindo!
    Quando criança passávamos as férias na casa de meus avós maternos e foi assim que conheci a literatura de cordel, eu era a primeira neta "letrada" rs então eles me faziam ler noite á fora sob a luz de lampião ainda e era contos de cordel aí que saudade! rs
    Esse seu post tem um "q" de poesia na forma que descrevestes sua presença na Bienal.
    Adorei!
    Bjs

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    1. Puxa, Márcia, que legal essa sua história de vida literária. Ler para si é um prazer, para os outros uma dádiva. Obrigado pelo seu comentário. Abraço.

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  10. Oi Leonardo, que legal poder ver e saber como foi a Bienal do Livro do Ceará. As fotos ficaram ótimas, me apaixonei pela da índia com o robô, mostra bem este negócio de presente e passando andando juntos sem brigas que você comentou.
    Bjs, Rose.

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    1. Obrigado, Rose. Achei essa foto do Chico Gomes a mais fantástica das centenas que vi na Bienal e as interações entre passado e presente foi uma constante esse ano. Abraço.

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  11. Oi, bom saber que a Bienal do Livro do Ceará foi tão especial e acolhedora. Vou na Minha primeira Bienal neste ano e estou muito ansioso. Aqui na minha cidade já teve algumas feiras de livro que foram chamadas de Bienal, mas, como disse, não passava de uma feirinha.
    Experiências como essas ficam eternamente registradas em nossa memórias e em nossos corações.
    Beijos,
    André | Garotos Perdidos
    www.garotosperdidos.com

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    1. Bom Dia, André. A experiência de uma Bienal é sempre marcante, para o bem ou para o mal rsrs. Vá com o coração aberto e o espírito desarmado. Já viajei para participar de Bienais que foram decepcionantes, mas e outras me maravilhei. Abraços.

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  12. Olá! Que lindo, parabéns pela sua participação!! Pena não divulgarem tanto quanto divulgam as binais que acontecem aqui no Sudeste, nós daqui simplesmente não ficamos sabendo que esses eventos maravilhosos acontecem aí. Achei ótimo também que tenham dedicado um espaço pra literatura de cordel. <3

    Beijos!

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  13. Olá, Leonardo! Tudo bem?
    Que interessante ler esse relato sobre sua experiência na Bienal do Ceará. Eu nunca tive a oportunidade de participar de um evento assim, pois moro no interior e acaba sendo complicado me deslocar para alguma capital. Mas espero ter a oportunidade de fazer isso em breve, pois sempre quis ir em alguma bienal ou mesmo uma feita literária.
    Fico feliz que sua experiência tenha sido tão proveitosa e, pelo seu relato, quase me senti lá. Parece ter sido realmente um evento muito especial e acolhedor. Espero ter a oportunidade de ir em uma próxima edição.
    Beijos!

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  14. Olá!

    Que bom que sua experiência foi proveitosa! Eu fui duas vezes na de SP e uma na do Rio e foi bem legal, mas nunca fui além dessas, quem sabe um dia... E a data também foi muito boa, sem atrapalhar nenhum evento além, focando totalmente neste. Parabéns e sucesso!

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  15. Aiin que inveja de ti *o* só pelas fotos eu queria ter tido essa oportunidade >...<

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  16. Oi, tudo bem?

    Aqui em Poa também tem Feira do Livro, mas é mais pro final do ano. Como eu vou todos os anos, com o tempo, aprendi a ter foco, escolher eventos que sei que têm a ver comigo. Mas é impossível não ir e encontrar coisas incríveis. Gosto muito de ir a eventos diferentes pra descobrir coisas novas. Iria gostar desse, especialmente de conhecer a seção de fantasia :)

    Love, Nina.
    http://ninaeuma.blogspot.com/

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  17. Oie
    ai que fotos maras, muito legal, feiras e bienias são sempre bem vindas apesar de me levar a falência, arrasou demais

    beijos
    http://realityofbooks.blogspot.com.br/

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  18. Oi!
    Imagino que tenha sido um evento maravilhosooooo! A Bienal do RJ está chegando e eu mal vejo a hora de ir :)

    Bjs!

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  19. Olá,

    Nunca fui a uma Bienal, mas morro de vontade de ir. Lendo seu post, fiquei imaginado como dever ser incrível a experiência. Acredito que esse terá aqui no meu estado e aí me planejarei para ir. Achei muito legal seu modo de contar e trazer para nós sua experiência no evento, espero ver mais posts parecidos por aqui :)

    Beijos,
    entreoculoselivros.blogspot.com.br/

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  20. Oie Lilian!
    Cara eu não sabia dessa bienal, e logo aqui no nordeste! Certeza que vou me informar nos próximos anos. Quero muito conhecer vocês de perto! Vc e a Magali são as minhas autoras favoritas!
    beijinhos.

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O Poesia na Alma pertence ao universo da literatura livre, como um bicho solto, sem dono e nem freios. Escandalosamente poéticos, a literatura é o ar que enche nossos pulmões, cumprindo mais que uma função social e de empoderamento; fazendo rebuliço celular e sexo com a linguagem.

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