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A Burguesia nasce mentindo – de Eduardo Galeano

março 03, 2017 , , , , ,



–  Lutamos pela terra – diz Zapata – e não por ilusões que não dão o que comer... com eleições ou sem eleições, o povo anda ruminando amarguras.

Enquanto arranca terra de camponeses de Morelos e arrasa suas aldeias, o presidente Carranza fala de reforma agrária. Enquanto aplica o terror de Estado contra os pobres, outorga o direito de votar nos ricos e brinda os analfabetos com a liberdade de imprensa.


A nova burguesia mexicana, filha voraz da guerra e do saqueio, entoa hinos de louvor à Revolução enquanto a engole com faca e garfo em mesa de toalha bordada. 


Texto extraído do livro  Memória do fogo 3: O século do vento

(Galeano, Eduardo, 1940 – Memória do fogo 3: O século do vento / Eduardo Galeano; tradução Eric Nepomuceno. – Porto Alegre – L&PM, 1998. p.378. pág. 80)

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21 comentários:

  1. Beatriz Andrade3 de março de 2017 às 23:20

    Eu nunca li nada do autor e essa trilogia era desconhecia para mim até pouco tempo atrás. Achei esse trecho bem interessante.

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  2. ANGÉLICA3 de março de 2017 às 23:48

    Oi, tudo bem?
    Não conhecia o livro. O trecho que você trouxe é bem interessante.
    Bjs

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  3. Book Obsession4 de março de 2017 às 00:46

    Olá!
    Um texto bem reflexivo, confesso que na primeira leitura tive dificuldade de entender, dps fui assimilando.
    Não conhecia e achei interessante.
    Espero ler mais sobre aqui no seu blog.

    Beijos!

    Camila de Moraes.

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  4. Maria Valéria - Na Literatura Selvagem4 de março de 2017 às 11:47

    Galeano dá um tapa na cara dos ignorantes políticos... <3
    tem como não amar a obra desse homem? *--*

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  5. Unknown4 de março de 2017 às 18:47

    Acredita que ainda não li nada do Galeano? Vergonha
    Tem coisa parada na estante, mas vou dar um jeito nisso logo!

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  6. Lorena Caribé5 de março de 2017 às 15:41

    Olá!!! Ainda não conhecia a obra. Muito bom você compartilhar
    e trazer diferentes autores. bjoooooo

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  7. Cidália Milani5 de março de 2017 às 19:16

    Foi um prazer conhecer a escrita do autor através desse pequeno texto!
    Um texto bem profundo e reflexivo!!
    Beijo.

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  8. Mia Sodré6 de março de 2017 às 08:07

    Galeano, né?
    É incrível como as reflexões políticas vindas do meio literário sempre conseguem nos causar comoção... Talvez porque os escritores exprimam o que os jornalistas não conseguem: o sentimento de um povo perante às injustiças sociais.

    ;*

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  9. Morgana Brunner6 de março de 2017 às 09:15

    Sou uma amante de Zapata, tenho um livro de sua biografia e sou apaixonada, Eduardo está se tornando um dos autores que está despertando muito mais meu interesse que eu pensava.
    Beijinhos da Morgs!

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  10. fabdosconvites6 de março de 2017 às 15:08

    Galeano mostra bem como a política acaba sempre beneficiando os que tem dinheiro, em vez do povo mais humilde, a quem de fato deveria servir.
    Bjs, Rose.

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  11. Professora Isabela Siegrist6 de março de 2017 às 16:27

    Olá, não conhecia a obra nem o autor, confesso que achei muito interessante, esses temas são de total importância para reflexão.
    Beijos..
    Meu Livro Fantástico | Facebook

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  12. Tatiana Castro6 de março de 2017 às 20:34

    Olá!
    Em um trecho bem curto já deu para perceber o tom politizado e reflexivo do livro. Gostaria de saber mais sobre o autor, sinopse e resenhas. Encontro aqui no blog?

    Beijos!
    Gatita&Cia.

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  13. Taísa Silva6 de março de 2017 às 23:01

    Oie tudo bem? Não tinha conhecimento ainda tanto dá obra quanto do autor, mas gostei do trecho que você trouxe pra nós. Não é o que eu procuro ler, mas de qualquer maneira interessante.

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  14. Cia do Leitor7 de março de 2017 às 03:33

    Olá!
    Não conhecia a obra e arrisco dizer, envergonhada, que não conhecia o autor. Achei o texto forte, real e impactante. Bem parecido com o nosso dia-a-dia. Obrigada por compartilha-lo.
    Abs
    Ni
    Cia do Leitor

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  15. sara7 de março de 2017 às 15:46

    olá *-*

    ainda não conhecia fiquei curiosa irei da uma procurada e conhecer mais.


    Bjsss

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  16. Folheando Sonhos7 de março de 2017 às 17:33

    Não sou muito atraída por esse tipo de premissa, mas como leio de tudo anotei a dica <3

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  17. Jéssica Melo7 de março de 2017 às 19:37

    Olá, não conhecia o autor e nem essa sua obra, mas por esse trecho que você trouxe parece ser um livro bem reflexivo *-* Dica anotada.

    Meu Mundo, Meu Estilo

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  18. Faces Em Livros8 de março de 2017 às 23:05

    Não me interessei pelo enredo. Gostei dos quotes, mas deu a entender que a linguagem seria crua. Acho um tanto fatídico temáticas que envolvam estado e burguesia. Prefiro temas mais gritantes como Guerras.

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  19. Unknown10 de março de 2017 às 16:28

    Nunca ouvi falar do autor, muito menos do livro. Admito, aparentemente não é a leitura com a qual tô acostumada, mas sempre bom conhecer novos trabalhos :D

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  20. Catharina M.11 de março de 2017 às 11:50

    Oie
    não conhecia o autor ou o livro mas esse blog sempre me faz conhecer novas dicas que fogem do meu cotidiano e gosto disso, parabéns pelo post

    beijos
    http://realityofbooks.blogspot.com.br/

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O Poesia na Alma pertence ao universo da literatura livre, como um bicho solto, sem dono e nem freios. Escandalosamente poéticos, a literatura é o ar que enche nossos pulmões, cumprindo mais que uma função social e de empoderamento; fazendo rebuliço celular e sexo com a linguagem.

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