Header Ads

Resenha – Apenas um garoto




Uma grata surpresa de 2016 foi o lançamento, pela Editora Arqueiro, do livro Apenas um Garoto, de Bill Konigsberg, 255 páginas. Isso, pois percebemos um pequeno avanço na abertura de grandes editoras quando o assunto é Gênero.

Sinopse: Rafe saiu do armário aos 13 anos e nunca sofreu bullying. Mas está cansado de ser rotulado como o garoto gay, o porta-voz de uma causa. Por isso ele decide entrar numa escola só para meninos em outro estado e manter sua orientação sexual em segredo: não com o objetivo de voltar para o armário e sim para nascer de novo como uma folha em branco. O plano funciona no início, e ele chega até a fazer parte do grupo dos atletas e do time de futebol. Mas as coisas se complicam quando ele percebe que está apaixonado por um de seus novos amigos héteros.

Quando se é adolescente, é muito importante o pertencimento. Fazer parte de um grupo sem sofrer retaliações, para que dessa forma, as descobertas sobre a vida e o corpo sejam compartilhadas.

“Não é exatamente verdade dizer que sempre quis me sentar à mesa dos atletas em Boulder. Quero dizer, eu gostava de sentar com a minha melhor amiga, Claire Olivia. Nós ríamos muito, e algumas vezes à custa dos atletas. Mas admito que sempre me perguntei como seria estar no topo da cadeia alimentar.”

Mas, esse não é o caso do Rafe, que aos 13 anos, decidiu assumir sua sexualidade. O que fez com que tão cedo, sentisse o ônus da LGBTfobia. E isso resultou em atitudes energéticas por parte do garoto no intuito de se defender.

Após assumir sua sexualidade, as pessoas passam a rotulá-lo e na comunidade, ele deixa de ser Rafe, um menino de 13 anos como qualquer outro, para ser o gay que saiu do armário. Cansado, muda de vida. Muda de escola e decide começar do zero.

Vai para uma escola para meninos e lá novos conflitos surgem, a começar por uma paixão e seu entrosamento com o restante do grupo. O novo não é fácil e Rafe é um garoto como qualquer outro, com qualidade que para alguns são boas e para outros negativas, porém, isso não tira o direito dele ser tratado com Respeito e dignidade. De que ele descubra todas as possibilidades que o corpo dele pode oferecer e socialize com o resto do mundo.


O autor trabalhou a temática de maneira sensível e criativa. É uma leitura voltada para o público juvenil, mas, como educadora, vi possibilidades para o âmbito da educação. Acho que alguns pais também poderiam lê-lo e entender um pouco mais que todos somos diferentes e devemos educar nessa perspectiva. Não adianta criar a bolha da sociedade heteronormativa, isso só alimenta o ódio. 

10 comentários:

  1. Oi tudo bem?Acho muito valida a iniciativa de abordar o tema sexualidade, por que apesar de estarmos em pleno seculo XXI ainda há muito preconceito e discriminação. Dar a oportunidade para as pessoas se expressarem é a melhor forma de dizer " cuide da sua vida que eu cuido da minha". Adorei a dica de leitura. Vou ler sim ;)
    http://www.facesemlivros.com/

    ResponderExcluir
  2. Oi Fabi! Tudo bem?
    É a terceira resenha que leio sobre esse livro e a curiosidade só aumenta, não vejo a hora de poder ler. Adorei sua resenha! Bj

    ResponderExcluir
  3. Oie, também acho que o livro serve para educação, influenciar os mais novos a ler o livro ajuda muito.
    Pra mim foi uma leitura bem graveloso, esperei um pouco mais do livro.
    Beijinhos, Helana ♥
    In The Sky, Blog / Facebook In The Sky

    ResponderExcluir
  4. Realmente esse livro parece trabalhar a temática de uma forma original e bem delicada. E é pequeno, né? Achei interessante. Não tinha ouvido falar sobre o livro ainda. Vou dar uma pesquisada a mais.

    www.cantaremverso.blogspot.com.br

    ResponderExcluir
  5. Eu conheço o livro, mas ainda não o li. Também acho maravilhoso que as editoras estão abrindo mais este nicho para seus leitores. Isso ajuda e muito a derrubar barreiras e preconceitos.
    Bjs!

    ResponderExcluir
  6. Hey, tudo bem?
    Eu vi algumas resenhas do livro e gostei, mesmo porque não estou acostumada a ver livros do gênero frequentemente. Achei a capa super fofa. Ele já estava na lista de leitura e sua resenha só me deu certeza de que quero ler.

    Beijos ;*

    ResponderExcluir
  7. Olá, quando vi esse lançamento também fiquei muito feliz em ver livros LGBT entrando nos catálogos e logo coloquei nas minhas leituras e espero lê-lo logo, e concordo plenamente com você, devemos trabalhar livros como esses nas escolas, pois assuntos como esses devem ser discutido desde o o começo para que as crianças não crescem ignorantes nesse assunto.

    ResponderExcluir
  8. Olá! Eu também achei ótimo o lançamento deste livro. Ainda não o li, mas tenho muito interesse. A temática, as descobertas, os questionamentos... Adorei também a sua perspectiva educativa em relação ao livro. Seria muito bom se muitos educadores pensassem assim. Parabéns pela resenha!


    Bjs,
    Yohana Sanfer
    http://www.papelpalavracoracao.com.br/

    ResponderExcluir
  9. Olá, já li algumas resenhas dessa obra, gosto bastante da temática...até já li alguns livros e curti bastante...sua resenha me deixou ainda mais curiosa.

    Abraços

    ResponderExcluir
  10. Minha nossa, parece ser uma leitura maravilhosa. Adoro esses livro "quebra tabu". Já vai para minha lista.
    Ótima resenha.

    ResponderExcluir

O Poesia na Alma pertence ao universo da literatura livre, como um bicho solto, sem dono e nem freios. Escandalosamente poéticos, a literatura é o ar que enche nossos pulmões, cumprindo mais que uma função social e de empoderamento; fazendo rebuliço celular e sexo com a linguagem.

Instagram: @poesianaalmabr