Resenha: Graffiti Moon – Cath Crowley
Graffity Moon foi uma agradabilíssima
surpresa!
Comecei a leitura da Obra sem muitas
expectativas e após algumas páginas viradas já me encontrava imersa na
história.
A história narra uma aventura que se
passa em menos de 24 horas, enquanto um grupo de amigos, ou talvez não tão
amigos assim, comemora o fim do colegial.
Nela, acompanhamos os Jovens Ed e Lucy
num reencontro visceral, após um primeiro encontro drástico e anos de
afastamento, acompanhados por seus amigos: Jazz, Leo, Daisy e Dylan.
A História começa quando Lucy,
convencida por Jazz, sua amiga mais louca, decide sair em busca do Sombra, um
grafiteiro que ela nunca viu na vida, mas que a conquistou com suas obras, ele
trabalha sempre em dupla com alguém que assina como Poeta e poucas pessoas
conhecem as suas reais identidades.
Sombra desenha com a alma enquanto poeta
escreve com o coração e essa dupla espalha sua arte pelas madrugadas da
Austrália, por isso quase ninguém sabe quem eles são.
O resumo da história pode parecer bobo,
mas é porque eu preferi ser superficial nele e assim permitir aos futuros
leitores que se surpreendam com as pequenas surpresas que a história nos
proporciona. Eu terminei a leitura completamente deliciada. Primeiro porque a
trama transpira Arte, desde a arte de rua em forma de grafite, arte moderna
através de pintores contemporâneos, as descrições do trabalho que a Lucy faz
com vidro a inspiração do velho Buk ao longo da narrativa.
É minha gente, Eu falei de Charles
Bukowski. É notável a influência da poesia do velho safado no desenvolvimento
da história.
O livro é uma história de adolescentes e
é narrado pelos pontos de vista de três adolescentes, Lucy, Ed e algumas vezes
recebemos a história através de uma poesia do Poeta.
A narrativa é intensa, como a noite de
Lucy, que trafega da nostalgia ao perigo em poucos minutos. A poética do livro
é tocante, não só nos momentos que nos deparamos com os escritos do Poeta, mas
também na maneira que a autora descreve os acontecimentos. Ela encaminha o
texto de uma maneira doce e vai nos encantando aos poucos, nos emociona, faz
rir e vibrar de expectativa pelos próximos acontecimentos. É improvável que
você não se deixe cativar pelos personagens, cada um tem suas próprias
características peculiares e são muito fáceis de identifica-los se não conosco,
com alguém que conhecemos e amamos. Até o vilão que aparece na história é
estranhamente engraçado e interessante. Lucy é uma protagonista muito
interessante, uma artista nata, que começou a se descobrir trabalhando com o
vidro. Ela é determinada e tem o temperamento super forte, encantou-se com o
trabalho do sombra, por conseguir ler nas entrelinhas dos desenhos as mensagens
interiores do artista e ver nelas tudo aquilo que ela deseja em um parceiro. Ed
é um garoto problemático, mas inda assim responsável, foi criado apenas pela
mãe e após ter algumas dificuldades na escola, resolveu largar tudo e trabalhar
para ajudá-la nas despesas da casa. Acabou o namoro recentemente, perdeu a
pessoa que ele tinha mais próximo a imagem de um pai e desde então, vive imerso
na própria cabeça, onde se esconde em seus segredos.
Gostei muito da escrita da Cath, espero
ter a oportunidade de ler outras obras dela. Ela conduz a narrativa de uma
maneira muito agradável e acrescenta ao longo do seu texto várias informações
que são um atrativo a mais no conjunto. E se tudo isso não fosse bastante, o
livro ainda aborda temas fortes, como a ausência da figura paterna, a
conciliação do trabalho e da vida escolar na adolescência e o que a dislexia
pode causar na vida de uma pessoa. Além de entretenimento, a leitura de
Graffiti Monn ainda nos adiciona conhecimento cultural sobre arte e poesia,
fora a deliciosa dose de cultura australiana que recebemos.
“Pode me beijar, eu penso. Vamos lá me beija. Pelo menos passa a mão na minha bunda. Não é muito Jane Austen da minha parte, mas hoje à noite eu percebi que Jane Austin tem hora e lugar.” – Lucy
“As portas trancadas levam ao céu. Ele se espalha pelo teto do trailer azul mudando para branco e voltando para azul. De algum modo os pássaros sabem que as portas trancadas são as que conduzem a um bom lugar.” – Ed
“Aqui
Ela
diz que vai me perdoar
Diz
que só dessa vez
Diz
vai em frente e me beija
Diz
enrola o meu cabelo
Diz
era isso mesmo que eu estava procurando
Diz
que está feliz porque o frio chegou
Eu
digo que quero vê-la amanhã
Ela
aponta o dedo pro céu
E
diz que é aqui” - Poeta
Recomendo sem dúvidas a leitura, é um
Young Adult divertido, dinâmico e que apesar de romântico não é meloso, como é
comum ao gênero. Após a leitura, fiquei imersa numa grande sensação de quero
mais.
Beijos
Oi! Tudo bem?
ResponderExcluirNunca tinha ouvido falar na obra. É tão bom quando em poucas páginas já somos cativados pela obra, não é mesmo?! E sim, em um primeiro instante a trama parece superficial e desanima. Mas sua resenha foi aos poucos aguçando meus sentidos e agora quero muito ler! :D Principalmente por não ser meloso. ótima resenha.
Beijos,
Juliana Garcez | Livros e Flores
Oie!!!
ResponderExcluirAinda não tinha ouvido falar desse livro e sinceramente pelo nome não me chamou atenção mas, sua resenha me deixou bastante curiosa e acho que talvez eu dê uma chance pra ele.
Adorei, beijos!!
;**
Olá!
ResponderExcluirJá conhecia o livro por alto, mas confesso que ele não chama muito a minha atenção. Talvez o leia futuramente por curiosidade, mas acho que no momento, não.
Bela resenha!
Beijos!
Olá, flor.
ResponderExcluirAdorei sua opinião sobre a obra. Há muito tempo quero lê-la, mas confesso a você que acabava deixando-a de lado. Agora, vendo sua resenha, percebo que vou adorar a história se investir nessa leitura. Parece o tipo de romance que nos marca, não por ser meloso, mas por ser bem desenvolvido.
Beijos!
http://www.myqueenside.blogspot.com
Oi Kris :D
ResponderExcluirNo início achei que se tratava mesmo de uma história bobinha bem sessão da tarde, mas ao ler a resenha fui notando que o livro tem algo que vai além e que provavelmente irá me proporcionar ótimas horas de leitura. :D
Tá bem na moda narrar a mesma história de diversos ponto de vista. Acho isso legal porque fica mais compreensível o que de fato está acontecendo. A história é bem diferente. Achei bem interessante, ainda mais eu que gosto muito desse universo adolescente. Gosto muito de arte, e como poesia e grafite estão representando aí, isso me deixou um pouco mais curioso sobre o todo.
ResponderExcluirOi, não conhecia a obra e apesar de parecer uma história boba de adolescente eu curti, porque gosto dessa pegada adolescente onde coisas da vida cotidiana e problemas nessa idade na família sempre aparecem. E além de tudo ainda tem a poesia, o toque poético que você citou. E isso tudo em menos de 24 horas? Fiquei bem curiosa quanto a história viu, se conseguir lerei sim.
ResponderExcluirbjs
OI Kris!
ResponderExcluirNão conhecia a obra, mas adoro livros com adolescentes, ainda mais que nos ensinem algo e esse parece ter muito sobre arte e poesia, como você disse. Acho que o leria sim, se caísse nas minhas mãos!
Beijos
LuMartinho | Face
Não tinha ouvido falar da obra e achei a história bem interessante por nos apresentar a arte de diversas maneiras e o fato de ser um romântico não meloso me deixou mais curiosa ainda.
ResponderExcluirLisossomos