Resenha Mulheres, de Carol Rossetti

Eu comecei a dar pulinhos quando vi que receberia Mulheres, Editora Sextante, 160 páginas.

“Existem heterossexuais, lésbicas, bissexuais, arromânticas, pansexuais, assexuais. Mulheres cristãs, ateias, budistas, islâmicas.
Há mulheres que não são ativistas, que nunca ouviram falar em feminismo, que nunca discutiram racismo. Mulheres que lutam de formas diferentes, a partir de ideias que não conhecemos. Existem mulheres que têm vergonha de compartilhar suas escolhas por medo de serem julgadas. E mulheres que discordam de tudo isso que eu disse até aqui.”

Já sigo o Facebook de Carol há um bom tempo, e saber que teria em mão esse instrumento maravilhoso de empoderamento feminino me deixou em êxtase.

Mulheres  é uma extensão física do projeto da Carol na internet, coisa de deixar na mesa de centro da sala para as visitas verem, emoldurar, colar na cara, enfim expor como der e puder.

As ilustrações são maravilhosas, e as mensagens de empoderamento são incríveis.

Para quem é feminista é um “tem que ter” e para quem não é, mais ainda, pois assim poderá de forma lúdica compreender todas as formas de repreensão que a sociedade machista nos submete, enquadrar-se em alguma delas, e perceber o mal que nos faz.

Fora toda a beleza gráfica e a importância da mensagem do livro, o trabalho de montagem dele é incrível. O livro é dividido em tópicos como Corpo, Moda, Amor, e dentro de cada tópico, as ilustrações estão em ordem alfabética pelo nome de cada mulher retratada. De uma lindeza absoluta essa preocupação.

Para presentear a sobrinha novinha, a tia solteira com mil gatos, o namorado, você mesma.  Todo mundo tinha que ter essa coisa linda. É sério! Fui tiete, admito, mas não tem como não ser.

Mulheres é pra toda mulher no mundo, e é para todo homem. É a desconstrução de padrões em forma de um livro lindíssimo.