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Resenha – Os Bons suicidas





“Em seu romance de estreia, O verão das bonecas mortas, o espanhol Toni Hill conquistou crítica e público com sua capacidade de criar uma história envolvente com final impactante. Neste segundo livro, ele comprova que veio mesmo para ficar.Em Os bons suicidas reencontramos Héctor Salgado, inspetor da polícia de Barcelona, um homem de cabeça quente e reações viscerais. No meio de uma madrugada insone, ele é informado do suicídio da secretária de uma grande empresa de cosméticos numa estação de metrô da cidade. Durante a investigação, descobre que, meses antes, outro funcionário da companhia também havia se matado, levando consigo a mulher e a filha. Sara e Gaspar – são esses os seus nomes – tinham participado de um desses treinamentos de RH para melhorar a comunicação e a interação entre o grupo. Mas algo acontecera ali – disso o inspetor Salgado não tinha dúvida – algo que agora os ameaçava e que era grave o suficiente para mantê-los presos a um pacto de silêncio. Enquanto isso, a inquieta agente Leire Castro, subordinada de Héctor, aproveita a licença-maternidade para investigar por conta própria um desaparecimento ligado à vida pessoal do chefe.Com personagens ricos em matizes e um ritmo vertiginoso, Toni Hill consegue prender a atenção do leitor desde a primeira linha, conduzindo-o com firmeza até o final inesperado e desconcertante.”




Os livros da Tordesilhas são sempre uma alegria. Primeiro por conta da linha ideológica, na maioria dos livros publicados; segundo o enredo e terceiro e não menos importante, o cuidado da editora de diagramação, etc. para que o livro chegue até o leitor. Elementos que atrelados deixam a leitura saborosa, divertida, aconchegante. Enfim...
OsBons suicidas, de Toni Hill, tradução Fátima Couto, 390 páginas, Editora Tordesilhas, é uma continuação de O Verão das Bonecas Mortas (ver resenha), aquele da capa macabra e enredo formidável. Héctor Salgado, investigador argentino, precisa resolver o caso de Sara Mahler. Uma mulher que aparentemente cometeu suicídio. Concomitantemente, ele também precisa dar um jeito na vida dele, melhorar a imagem de turrão e resolver outro mistério que envolve a mãe de seu filho. Saber o que aconteceu a Ruth Valldaura não seria missão das mais fáceis, porém menos difícil que mudar a imagem de homem grosseiro e arrogante.
À vida de Hector vão se misturando outras histórias que no decorrer do livro fazem todo sentindo. Como Gaspar Ródenas que matou mulher e filho e depois cometeu suicídio (macabro); os irmãos Sílvia e Victor Alemany que têm ligação com Gaspar e Ruth a mulher do início que também cometeu suicídio.
Os capítulos vão variando segundo o olhar dos personagens aqui citados e outros como: Leire Castro, detetive que está prestes a parir, mas não consegue ficar quieta em casa. Roger Fort, novo parceiro de Hector, antes era a Leire. Formada a teia, o livro não é como muitos que na terceira página você já sabe o final, ou novela da Globo que nem precisa ver para saber a história de tão óbvia.
Apesar das muitas páginas, o livro não é cansativo e a leitura flui tão bem que não sentimos o tempo passar. O problema é que muitas coisas só serão resolvidas no próximo capítulo, traduzindo – próximo livro da série. Com isso não quero dizer que a história não terá seu final, sim haverá final e descobriremos muitas coisas. Mas algumas coisas sobre os personagens, só com a leitura da série. Eu já virei fã do autor e a editora está de parabéns pela escolha dos livros, até o momento, não têm decepcionado.
A construção matemática que nos envolve o enredo, por vezes, nos desnorteia, isso é bom, pois abomino livro que ‘encaminha o leitor’. Pode parecer, mas eu não sou tapada. É necessário pensar, mastigar o livro, degustar, discordar, até se irritar, mas, ser ‘encaminhado’, considero complicado. Explico. Quando digo ‘encaminhar o leitor’ é linha que muitas editoras têm para escolher seus originais e muitos autores se submetem a isso, quando abrimos o livro não passa da velha receita de Malhação... (bizarro).
Preciso dizer que Os Bons suicidas é uma leitura surpreendente?

Beijo para todas e todos os poeteiros de plantão literário. 
Um feliz 2015!!!!!

2 comentários:

  1. Nossa Já quero, e vou ler né que ganhei no top comentarista :P
    Arráaaa, mas como assim é uma continuação? O.o
    É uma continuação tipo os livros da Agatha Christie que dá pra ler aleatórios,
    ou vou me perder por não ter lido o primeiro?
    Amei a resenha, viu, tô mais louca ainda :P
    KKKK

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  2. eita, recomendação anotada... eu gosto da temática suicidas... mas acredita que desconhecia essa trilogia??? é uma trilogia ou mais livros???

    Adorei a capa dele, fiquei pensando na relação da capa com a história, qual seria...
    bjs, flor ^^

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O Poesia na Alma pertence ao universo da literatura livre, como um bicho solto, sem dono e nem freios. Escandalosamente poéticos, a literatura é o ar que enche nossos pulmões, cumprindo mais que uma função social e de empoderamento; fazendo rebuliço celular e sexo com a linguagem.

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